terça-feira, 24 de julho de 2012

Curiosidades sobre as obras da SPCD que vão a Belo Horizonte!

Já que os bailarinos da SPCD irão dançar Bachiana nº1, de Rodrigo Pederneiras, em Belo Horizonte, neste final de semana, vamos contar uma curiosidade para vocês sobre a música dessa obra.
Vocês sabem qual o balé do Pederneiras que usou a música de Bachiana nº1 antes dessa criação para a SPCD?

O balé chama-se Duo, um pas de deux que usou o 2º Movimento da Bachiana nº1. Um pas de deux que praticamente não saía do lugar. Agora, nessa mesma música, você vai ver um pas de deux que se vale muito dos deslocamentos!!


                                 Bachiana nº1                                 

A SPCD também leva a Belo Horizonte, o balé Sechs Tänze, de Jirí Kylián. Vamos a mais uma curiosidade sobre essa obra que une dança e humor!
Em Sechs Tänze, os bailarinos usam roupa de baixo da época de Mozart. Mas a roupa de baile aparece na cena em que momento?

Nos Megastars, cruzando a cena!


Sechs Tänze

Outra obra que será apresentada em Belo Horizonte é Theme and Variations, de George Balanchine. Mais uma curiosidade: Theme and Variations é um balé de Balanchine que remete a Petipa mas dialoga com a cultura americana. Vocês sabem como?

Podemos ver movimentos do Cancan e dos musicais nessa peça.
Agora que vocês sabem tudo sobre as obras que serão apresentadas em Belo Horizonte, anotem aí na agenda:
Dias 28 e 29 (sábado e domingo), às 20h30 e às 19h, respectivamente.
A apresentação acontecerá no Sesc Palladium e os ingressos podem ser adquiridos no site
www.ingresso.com (inteira R$ 40 e meia-entrada R$ 20).



Theme and Variations

Por Cláudia Trento, de São Paulo

sábado, 21 de julho de 2012

Ensaiando para Belo Horizonte

Os bailarinos da SPCD ensaiaram hoje as três obras que serão apresentadas em Belo Horizonte, na semana que vem. Um dos destaques é Bachiana nº1, do coreógrafo do Grupo Corpo, Rodrigo Pederneiras, que criou a coreografia especialmente para a companhia.
Ele se inspirou nas Bachianas Brasileiras nº1, de Heitor Villla-Lobos, para montar a obra, que é dividida em três movimentos, evidencia a brasilidade, o romantismo e a paixão do nosso povo. Nessa obra, é possível reconhecer a linguagem característica desse grande coreógrafo da dança brasileira. “Na minha chegada a SPCD, passei um dia inteiro montando pequenas sequências de movimentos e observando como os bailarinos respondiam. Aprendi a encontrar um caminho entre a minha linguagem e a das companhias pelas quais passo. Bachiana nº1 tem o estilo da SPCD, mostra a qualidade de cada um dos intérpretes ao mesmo tempo que mantém certas características do meu trabalho”, comenta Pederneiras.
Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança foi bailarina do Grupo Corpo por 12 anos e trabalhou com Pederneiras. “Sou uma capixaba mineira. Morei em BH durante 14 anos, fui para lá para dançar, primeiro no palácio das Artes, depois no Grupo Compasso e no Grupo Corpo. Voltar a Belo Horizonte pela segunda vez, à frente da São Paulo Companhia de Dança, é um prazer e sobretudo um tempo de reencontro com os amigos e com essa cidade que tanto gosto. E dessa vez tem algo especial, pois apresentaremos a Bachiana nº 1 que o Rodrigo Pederneiras criou especialmente para a SPCD nesse ano”, fala Inês.
Os bailarinos apresentarão ainda Theme and Variations, de George Balanchine, balé em que o vigor técnico, a leveza, a força, habilidade nos desequilíbrios e virtuosismo dos bailarinos são necessários, e Sechs Tänze, de Jirí Kylián, que une movimento e humor. A SPCD é a primeira companhia no Brasil a dançar obra de Kylián.
É a segunda vez que a SPCD vai à Belo Horizonte. A primeira vez foi em 2009. Agora a companhia se apresenta no Sesc Palladium, nos dias 28 e 29, sábado às 20h30 e domingo, às 19h. Os ingressos custam R$ 40 inteira e R$ 20 meia-entrada e podem ser comprados pelo site Ingresso.com http://migre.me/9Zemu





   


Por Cláudia Trento, de São Paulo

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Do clássico ao real; Duda Braz


Na clássica historia de Miguel de Cervantes, Dulcinéia Del Toboso, representava a musa idealizada por Dom Quixote. Era ela que lhe inspirava a lutar contra moinhos de ventos, ser um soldado honrado e seguir em busca de seu amor dia após dia. Para Alonso Quixano, que futuramente assumiria seu alter ego, Dom Quixote, tal mulher, com tais valores só poderia ser encontrada em sua mente. Dulcinéia Barbosa Braz Cavalcante, nascida no dia 27 de janeiro de 1978, bailarina da SPCD, formada em balé pela Escola Municipal de Bailados e graduada em Artes pela Faculdade Mozarteum de São Paulo, esposa e daqui a mais ou menos um mês, mãe, prova que a figura feminina da mulher capaz de se moldar a cada situação para dar seu melhor, pode ser realidade. A bailarina, que fez aula até os sete meses de gravidez, “Tudo com acompanhamento médico. Fiz aulas na barra até os sete meses, que foi até onde senti que conseguia, mas desde o início da gravidez parei de fazer saltos”, explica, começou a fazer aulas de balé aos cinco anos e aos oito, entrou para a Escola Municipal de Bailados, graças a uma de suas professora, Joselita Lopes. Em paralelo com as aulas na EMB, também cursava dança em instituições particulares como as escolas de Kátia Rocha, Ismael Guiser e Toshie Kobayashi.
Duda nunca conheceu outra profissão. Desde os treze anos já viajava para participar de concursos e festivais, nacionais e internacionais, em países como Japão, Hungria, Peru, Paraguai e Itália. Premiada como bailarina revelação na 1ª Edição do Passo da Arte, foi convidada para participar de alguns projetos em Recife, e assim começava uma longa parceria entre a bailarina e a cidade. Após dois anos indo e voltando para a cidade, Duda recebeu um convite para permanecer 6 meses como parceira de Marcelo Pereira, onde daria aulas, criaria coreografias e participaria de espetáculos. “Essa fase foi incrível, porque eu não me mudei somente para o Recife, e sim para o Nordeste inteiro”, diz. Após cinco anos na cidade, a moça retornou a São Paulo, onde dançou no grupo Raça e trabalhou com Roseli Rodrigues, onde permaneceu três anos. “Trabalhar com a Roseli foi um momento muito especial. Ela tinha um cuidado com seu trabalho, tanto no espetáculo como fora dele. Eu a admiro. Ela e o Marcelo (Pereira) são minhas inspirações”, alega a bailarina, que coloca também Alessio Silvestrin em sua lista de admiradores. “O Alessio me fez questionar e perceber até onde pode chegar à sensibilidade de um artista”, finaliza.
Depois do período com Roseli, Duda mais uma vez mudou-se, desta vez para o Mato Grosso do Sul. Lá trabalhou no instituto Moinho Cultural Sul-Americano, sob direção de Márcia Rolon onde deu aulas de balé para crianças carentes que além da dança também aprendiam informática, música, pintura e línguas. Após um ano, a bailarina voltou para Recife. Foi nessa época que, ao ver um anúncio na internet, descobriu que a São Paulo Companhia de Dança estava com audições abertas. “Não tinha como não fazer. Além da Companhia vir até Recife para fazer a seleção, a audição seria na escola onde eu dava aulas. Foi o destino”.
Na audição para a SPCD, Duda conheceu Thamiris Prata, que estava na cidade a passeio. Ambas passaram para a 2ª fase e permanecem no elenco da SPCD até hoje.
Apesar de ainda hoje a bailarina considerar Recife um segundo lar, Duda acredita que a SPCD é o seu lugar. “Sempre gostei de ir ao além. Me incomoda não dar o máximo de mim. Aqui na companhia eu me sinto à vontade, porque eu tenho essa oportunidade, ir ao extremo”. Além desta vantagem, a bailarina aprecia o aprendizado que a São Paulo Companhia de Dança proporciona para os bailarinos, a oportunidade de mesclar em seu repertório coreografias clássicas e contemporâneas e a chance de dançar obras assinadas por diferentes tipos de coreógrafos. Ao citar Serenade, de George Balanchine, como sua coreografia preferida, Duda também deixa escapar sua preferência pelas montagens clássicas “O clássico é a minha formação. É o que eu gosto de ver, o que gosto de dançar, e Serenade, apesar de ser uma coreografia muito cansativa, é maravilhosa. Tem uma energia, uma sintonia entre nós meninas, que é incrível.”, e acrescenta que Bachiana nº1, de Rodrigo Pederneiras, também está entre suas prediletas. “É incrível como o Rodrigo conseguiu casar a música com os movimentos”.
Grávida de oito meses, Duda teve de se adequar mais uma vez, mas desta vez para o outro lado da cena, auxiliando os professores/ensaiadores da Companhia, surpreendendo-se com a quantidade de coisas que devem ser organizadas no cotidiano da SPCD para o bailarino chegar aos palcos.
Ao ser questionada sobre como imagina que será sua volta, a bailarina responde sem pensar duas vezes “Minha volta será radiante! Eu vou estar com uma menininha linda ao meu lado, louca para voltar a ficar em forma e à dançar, tudo vai estar aflorando, toda essa energia acumulada. Nesse tempo em que estou parada, aprendi a perceber a dança de uma outra forma, me deu um novo estimulo”, e acrescenta “Por causa da gravidez não pude participar, com a SPCD, da 10ª Mostra de Dança em Recife porém, fui convidada para fazer um texto e um vídeo para o homenageado da Mostra deste ano”. A homenagem em questão foi para Marcelo Pereira. “O Marcelo me ensinou muitas coisas, mas o principal foi que temos de sempre vencer o cansaço, não ter medo da dor e sempre ser humildes. Sem a humildade, as portas se fecham muito mais cedo do que a gente imagina” comenta a bailarina em uma frase digna de ser dita por aquela musa, que só existia na mente do pobre Alonso Quixano, que não teve sorte de conhecer as Dulcinéias do mundo real.


Por Murilo Rocha, de São Paulo

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Primeiros dias da nova rotina

A última segunda-feira foi bem agitada para os novos bailarinos que começaram esta semana na São Paulo Companhia de Dança. Se adaptar a nova rotina agora é um dos principais objetivos deles que, logo de cara, já puderam participar de uma aula de balé clássico com os integrantes do Ballet do Teatro Scala de Milão, que estiveram na sede da Companhia na segunda-feira, à convite da diretora artística, Inês Bogéa.

“Foi turbulento o primeiro dia, ainda mais que estavam os bailarinos do Scala. Mas faz parte do começo. Estou curiosa para aprender as coreografias. Já estou ensaiando Theme and Variations (George Balanchine) e Gnawa (Nacho Duato)”, comentou Pamela Valim.

Para ela, o ritmo de trabalho e a rotina só fará parte de sua vida com o tempo. “Dá um certo medo. Mas hoje (ontem) já estava mais confortável”.

Lucas Valente disse que foi tranquilo seu primeiro dia. Ele, assim como Pamela, também começou a aprender um pouco de Gnawa e Theme and Variations. “Eu mais assisti os repertórios do que ensaiei, para poder aprender. Porém, fiquei até mais tarde repassando tudo que vi”.

Pamela Valim


Lucas Valente


Por Cláudia Trento, de São Paulo

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Coletiva de imprensa e visita de bailarinos do Ballet do Teatro Scala marcam manhã agitada na SPCD

Aconteceu hoje, pela manhã, na sede da São Paulo Companhia de Dança, uma coletiva de imprensa para anunciar a remontagem do Grand Pas de Deux de O Quebra Nozes (Marius Petipa e Lev Ivanov), que está sendo assinada por Tatiana Leskova, uma das figuras mais importantes da dança no Brasil. O momento foi ainda propício para recepcionar os 13 bailarinos do Ballet do Teatro Scala de Milão, que participaram da aula de balé clássico com os professores/ensaiadores Adriana Villela e Manoel Francisco e os integrantes da SPCD à convite da diretora artística, Inês Bogéa.

O Ballet do Teatro Scala de Milão, fundado em 1813, apresentou na Capital nos dias 13, 14 e 15, no Theatro Municipal, o balé Giselle. A visita à companhia também foi pauta na coletiva.

Os bailarinos Luiza Lopes e Diego de Paula, executaram o Grand Pas de Deux de O Quebra Nozes, sobre os olhares de D. Tânia, como Tatiana Leskova é mais conhecida no meio artístico. Em seguida, foi apresentado Bachiana Nº1, coreografia de Rodrigo Pederneiras e o Grand Pas de Deux de Dom Quixote (Marius Petipa), executado pelos bailarinos Norton Fantinel e Paula Penachio. A plateia foi composta pelo Secretário Estadual de Cultura, Marcelo Mattos Araújo, pela Coordenadora da Unidade de Fomento e Difusão da Produção Cultural, Maria Thereza Bosi de Magalhães, o diretor do Ballet do Teatro Scala de Milão, Makhar Vaziev, pela diretora artística da SPCD, Inês Bogéa, pelo superintendente, Luca Baldovino, jornalistas e os bailarinos italianos.

“Esse encontro dos bailarinos do Scala e da São Paulo Companhia de Dança na sala de aula, é ao mesmo tempo íntimo, pelo espaço, e curioso. É um momento para que possam perceber juntos às diferenças culturais entre seus modos de dançar”, fala Inês. “Vaziev tem interesse em conhecer a dança do Brasil, desta forma iremos fazer uma passagem do nossa última criação,Bachiana nº1, de Rodrigo Pederneiras. Hoje também acontece o encontro entre dois russos, Vaziev e Tatiana Leskova, aqui para a remontagem do Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes. D. Tania (como é conhecida) assistiu ao espetáculo do Scala esta semana, e hoje Vaziev vem conhecer a Companhia”, revela a diretora.

Ao lado dos 35 bailarinos da SPCD, estavam os seguintes intérpretes do Scala: Petra Conti, Eis Mezha, Federico Fresi, Sofia Caminiti, Denise Gazzo, Susanna Tiengo, Giulia Paganelli, Marta Gerani, Nicoletta Sansucci, Vittoria Valerio, Sofia Rosolini, Alessandra Vassallo e Antonio Sutera.




Bailarinas do Scala de Milão participam de aula de balé clássico na SPCD




Bailarinos da SPCD e do Scala de Milão se unem em aula de balé clássico


Convidados assistem ao Grand Pas de Deux de O Quebra Nozes



Luiza e Diego apresentam o Grand Pas de Deux de O Quebra Nozes cuja remontagem é assinada por D. Tânia



Autoridades e convidados do Balé do Teatro Scala de Milão 


Por Cláudia Trento, de São Paulo

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Início de uma nova etapa!

Na próxima semana, a SPCD receberá os três novos bailarinos que integrarão a companhia. São eles: Pamela Valim, 19, Eduardo Guimarães Lima, 23 e Lucas Rodrigues Valente, 21.Um novo momento, uma nova oportunidade, o início de uma carreira em uma companhia profissional, e principalmente, a realização de um sonho. Sonho este que fez parte dos selecionados e ainda faz de milhares de bailarinos que estão no Brasil e em outros países, que sonham em voltar ao País natal e construir carreira em casa.

A notícia foi dada essa semana, por telefone, aos novos integrantes. “Quando a Marcela Benvegnu (coordenadora do Educativo e Memória da SPCD) me ligou, comecei a chorar de alegria. Era uma coisa que eu idealizava muito. Enquanto ela falava, passou um filme pela minha mente sobre toda a minha trajetória de bailarina. Quase não conseguia entender direito o que ela dizia”, contou Pamela, que estava tentando a audição pela segunda vez (a primeira foi em 2010).
Ela estava em Mônaco, onde morou por sete meses e trabalhou com Ramon Reis, bailarino do Ballet de Monte Carlo e estagiou na escola Academie de Danse Princess Grace. Voltou ao Brasil um dia antes da audição. “Decidi voltar ao Brasil, pois aqui, teria mais chance de dançar em uma companhia. Será meu primeiro emprego e não poderia haver lugar melhor que a SPCD para começar”.
Eduardo disse ter ficado afoito ao receber a ligação. “Que loucura, não estava acreditando que havia passado na audição. Será uma grande experiência, pois desejei muito esse emprego. Agora quero pensar em crescer, pois minha carreira começa aqui, agora”, comentou o bailarino que integrava o Balé do Estado de Goiás e agora está de mudança para São Paulo.

Já Lucas estava nervoso ao ver o passar dos dias e nada do seu telefone tocar e receber resposta sobre a audição. “Eu estava confiante, pois, achava que eles iriam me ligar na terça-feira. Depois disso, veio um nervosismo e pensei: será que não sou o perfil deles? Agora só penso em trabalhar muito, em aulas, ensaios. É muito bom estar empregado”. O bailarino estava dançando no Arsenale Della Danza, em Veneza, com Ismael Ivo, onde permaneceu por seis meses.

Por Cláudia Trento, de São Paulo

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Tatiana Leskova chega à SPCD para remontar O Quebra Nozes

Tatiana Leskova, uma das figuras mais importantes da dança no Brasil, chegou ontem à sede da São Paulo Companhia de Dança para dar início a remontagem do Grand Pas de Deux de O Quebra Nozes. A estreia acontecerá no dia 29 de setembro, às 21h, em Indaiatuba e, em outubro, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo.
Dona Tânia, como é mais conhecida, iniciou os trabalhos com a companhia, ontem, pela manhã, onde observou atentamente aos bailarinos para a escolha dos intérpretes da Fada açucarada e do Quebra Nozes, que ainda não foram escolhidos. Ela permanecerá na Capital até dia 21.

À frente do Balé do Theatro Municipal do Rio de Janeiro há anos, Dona Tânia nasceu em Paris, mas chegou pela primeira vez ao Brasil, em 1942, com a Companhia Original Ballet Russes do Coronel de Basil. Fixou residência no País em 1944. Já trabalhou em companhias na Inglaterra, Estados Unidos, França (na Ópera de Paris, convidada por Nureyev) e Países Baixos.

SOBRE O QUEBRA NOZES

Com coreografia de Marius Petipa (1818-1910) e Lev Ivanov (1834-1901) e música de Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893), O Quebra Nozes foi apresentado pela primeira vez em 1892, em São Petesburgo, Na Rússia. O conto, que leva o nome de O Quebra Nozes e o Rei dos Ratos, de E.T.A. Hoffmann, conta a história de Clara, que ganha de presente de Natal do seu padrinho um boneco Quebra Nozes. Ao final da festa ela adormece junto ao boneco e sonha estar em mundos encantados, participar de batalhas e aventuras. O Grand Pas de Deux é o ponto alto no conto. A Fada Açucarada dança com o Quebra Nozes para homenagear a menina Clara, que foi visitar o Reino dos Doces.








Por Cláudia Trento, de São Paulo 

sábado, 7 de julho de 2012

Ta chegando a hora...

Estamos nos momentos finais da audição. Dos 13 bailarinos (7 meninos e 6 meninas), 9 ficaram, sendo 5 homens e 4 mulheres! Agora, os candidatos realizarão trecho de Sechs Tänze, de Jirí Kylián. Boa sorte à todos!!!!

       
Esses foram os últimos 13 candidatos; desse total, agora, só restam nove


Por Cláudia Trento, de São Paulo

Auto-avaliação


Por mais que o desempenho tenha sido excelente, é comum ouvir de bailarinos que sempre poderia ter sido melhor. As candidatas, Ana Roberta Teixeira, 20, de Curitiba (PR) e Danyla Bezerra, 22, de Pindamonhangaba (SP), concordam e ambas acreditam que foram bem, porém...”poderiam ter sido melhores”.
Ana Roberta iniciou sua carreira na Escola do Teatro Guaíra, aos 8 anos e com 15, se mudou para os Estados Unidos, para ingressar na The Harid Conservatory, na Flórida. Ao se formar, aos 18 anos, participou de um curso no Texas Ballet Theatre. Foi ainda bailarina do Columbia Classical Ballet, em South Carolina, onde ficou por um ano.


                   Ana Roberta passou pela Escola do Guaíra, The Harid Conservatory e Columiba Classical Ballet

Danyla começou a dançar aos 5 anos, na sua cidade e, aos 15, mudou-se para Curitiba, para aprimorar seus estudos na Escola do Teatro Guaíra. Ficou por 2 anos no Miami City Ballet, indo em seguida para a escola do Boston Ballet, onde também permaneceu por mais 1 ano. Com problemas para conseguir o visto de trabalho, nos Estados Unidos, Danyla mudou-se para o Canadá, onde dançou no The National Ballet of Canada, por 2 anos.

Danyla dançou por cinco anos nos Estados Unidos e no Canadá e acaba de voltar ao Brasil

Recém-chegada ao Brasil, a bailarina viu na SPCD um oportunidade de continuar sua carreira em seu País natal. “Assim que cheguei ao Brasil, no mesmo dia, vim direto para a companhia trazer meu material para a audição”, contou ela.


Por Cláudia Trento, de São Paulo

Variações do repertório da SPCD

Depois da aula de contemporâneo, com o professor e coreográfo Jhean Allex, agora, os bailarinos apresentarão variações do repertório da São Paulo Companhia de Dança, como Gnawa, de Nacho Duato, Bachiana nº1, de Rodrigo Pederneiras e Sechs Tänze, de Jirí Kylián.

Dos 17 que foram selecionados para a 3ª fase, ficaram 13, sendo 7 homens e 6 mulheres. Confira algumas fotos da aula de contemporâneo.

 
 Meninos e meninas participam junto da aula de contemporâneo


 Aula exigiu grande esforço dos bailarinos



Banca examinadora observando os bailarinos na aula de contemporâneo


                                            
O coreógrafo e professor Jhean Allex conversando com a banca




Por Cláudia Trento, de São Paulo

Mais uma etapa começando...

Bom dia, pessoal! A equipe da SPCD já chegou a sede da companhia para deixar tudo pronto para o 2º dia da audição (3ª fase do processo de escolha).  Para vocês entenderem melhor como funciona, vamos explicar como é realizado o processo seletivo dos bailarinos.
A 1ª Fase é feita uma pré-seleção por currículos, onde é avaliado o perfil e o histórico do profissional a partir de um material enviado por eles. A 2ª fase são as provas eliminatórias, com aula de balé clássico para homens e mulheres e com a apresentação de repertório clássico da companhia (ontem). Participaram dessa etapa, 49 meninas e 33 meninos. Hoje acontece a 3ª fase, com aula de dança contemporânea para homens e mulheres e variações do repertório da SPCD. Foram aprovados para essa etapa, 9 homens e 8 mulheres.
A aula de contemporâneo está marcada para às 10h e os bailarinos já começaram a chegar na companhia para mais um dia de audição. Daqui a pouco, voltamos com mais dos bastidores!!


                    Bailarinos que ficaram para a 3ª fase do processo seletivo se aquecem para a aula de contemporâneo


Por Cláudia Trento, de São Paulo

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Término do 1º dia

Chegou ao fim o primeiro dia da audição da São Paulo Companhia de Dança. Os candidatos participaram da aula de balé clássico, executaram trechos do balé Theme and Variations, de George Balanchine, um dos repertórios clássicos da companhia (solo e pas de deux) e passaram por avaliação médica.

Depois de um dia exaustivo, o clima de positividade ainda continua entre os bailarinos. Amanhã todos participarão de uma aula de contemporâneo e passarão por uma avaliação com o Recursos Humanos (RH). Mais informações então, amanhã, no blog! Boa noite!
     Os bailarinos Beatriz Hack e Samuel Kavalerski passam a sequência de passos aos candidatos que passaram para a 2ª fase da audição


Por Cláudia Trento, de São Paulo

Participando pela 1ª vez!

Eduardo Guimarães Lima, Gustavo Emanuel Barros, (ambos com 23 anos) e Leony Boni, 22, estavam se aquecendo no corredor enquanto conversavam. Era a primeira vez de todos na São Paulo Companhia de Dança. Ao perguntar se estavam nervosos, Eduardo disse: “não gosto nem de falar, estou tentando ficar tranquilo”, brincou.

Ele e Gustavo são integrantes do Balé do Estado de Goiás e vieram à São Paulo tentar uma chance para fazer parte da SPCD. “Acho extremamente lindo os trabalhos da companhia. Me identifico muito. Acho interessante a ideia de poder dançar balés diferentes e trabalhar com coreógrafos de estilos diferenciados”, disse Eduardo.

Leoni, que veio de Salto, iniciou na dança aos 13 anos, na Faces Ocultas Cia de Dança. Estava ansioso, porém, tranquilo. “O que mais me chama atenção são os repertórios que a companhia dança. Todos me agradam. Quem sabe um dia poderei dança-los”.

                         Leoni, Eduardo e Gustavo participam pela primeira vez da audição da São Paulo Cia. de Dança


Por Cláudia Trento, de São Paulo

O não...

Mais difícil de não ser selecionado para participar de uma audição é ouvir um "não, obrigada". Porém, na vida de uma bailarina (o), isso é mais comum do que se imagina. Realmente, é muito difícil entrar para uma companhia de dança. Mas nem tudo está perdido, e outras oportunidades virão para esses jovens bailarinos que tentaram a audição da SPCD, mas não conseguiram!

“Não existe frustração quando você trabalha com 100% de você”, disse Jenifer Zschoerper, 20, que não conseguiu ficar entre as finalistas. “Passar ou não em uma audição, não quer dizer que você seja boa ou ruim. Há vários fatores de escolhas, como por exemplo, se o bailarino tem o perfil da companhia. Acredito ser mais isso do que técnica”, acredita. Jenifer dançou nos Estados Unidos e Canadá por três anos e retornou ao Brasil neste ano.
Alef Albert, 18, é de Teresina, no Piauí. Começou a dançar aos 14, na Escola Eli Batista. Foi contemplado com uma bolsa de estudos na The Harid Conservatory, na Flórida, EUA, onde ficou por 2 anos. "Sai de Terezina muito 'cru', e nos Estados Unidos pude aprender muito. Mesmo não passando na audição, não vou desistir, sou novo.", falou.

Por Cláudia Trento, de São Paulo

   

Na torcida!

Eloá Salera Batista, 18, está se formando na Escola do Balé Bolshoi, em Joinville (SC), e veio tentar a audição da companhia. Para não vir sozinha, na ausência da mãe, trouxe a tia, Solange Salera, para ficar na torcida. "Vim não só como companhia, mas também para vibrar, passar energias positivas e ajudá-la a realizar um sonho".
É a primeira vez que Eloá participa da audição de uma companhia profissional."Estou tranquila, mas com um friozinho na barriga, pois seremos analisados lá dentro. Mas quem é bailarino tem que se acostumar com isso", disse a bailarina, que começou a dançar com 4 anos, na escola Kleine Szene, em Santo André.


                  Solange (esquerda): "Vim não só como companhia, mas também para vibrar e passar energias positivas"


Por Cláudia Trento, de São Paulo

Trocando ideias

As bailarinas, Laura Iumi Nobre Ota, 25, e Tilly Garcia, 29, já se conheciam e aproveitaram para bater um papo enquanto iam preenchendo as fichas da audição. Laura, que é de Londrina, mas mora em São Paulo, tenta entrar na SPCD pela 4ª vez. "Em termos de companhia no Brasil, acredito que a São Paulo Cia. de Dança seja uma das melhores. Tento pela quarta vez, pois não temos tantas audições para as companhias do País", comentou Laura, que trabalha como freelancer.
Tilly é de São Paulo, e desde os 8 anos dança balé. Estava no Balé de Salta, na Argentina, onde ficou por 4 anos e meio dançando contemporâneo e clássico. "Estou ansiosa, porém, confiante", disse a bailarina, que tenta a audição pela primeira vez!

                              Laura (esquerda) tenta a audição da SPCD pela 4ª vez; Tilly (direita) participa pela 1ª vez


Por Cláudia Trento, de São Paulo

Bastidores da audição


Vamos contar aqui um pouco sobre algumas pessoas que vieram participar da audição. Uma delas é Bianca Horta Barbosa Assad, 28, que dança na Europa há 11 anos. Ela, que mora atualmente na Itália e dança na Cia. de Balletto Clássico di Reggio Emilia, veio ao Brasil somente para participar da audição. “Cheguei ontem e volto no domingo”, disse a bailarina, que não terá nem tempo de visitar sua família, em Brasília.

Bianca contou que resolveu tentar a audição da SPCD, pois tem uma grande vontade de voltar ao Brasil. “Há tempos acompanho o trabalho da São Paulo Cia. de Dança e vi que valeria a pena tentar, por isso, hoje estou aqui”, comentou ela, que começou a dançar balé aos 4 anos, na escola de sua mãe, Rosana Assad, que também foi bailarina.

                                   Bianca veio da Itália, onde dança, somente para participar da audição da companhia


Postado por Cláudia Trento, de São Paulo

Clima de expectativa na audição da SPCD


Chegou a tão esperada audição da São Paulo Companhia de Dança, pelo menos para os bailarinos que foram selecionados entre um grande número de currículos e vídeos enviados a companhia. Por volta do meio dia e meia, já era possível ver a movimentação dos candidatos pelo corredor da nossa sede.

                                            Bailarinas preenchem fichas com dados para participar da audição


As primeiras a chegar foram as bailarinas que, timidamente, observavam o vai e vem dos integrantes da companhia, com um olhar de admiração e vontade de um dia, poder fazer parte da SPCD. Em seguida chegaram os meninos, que pareciam estar mais seguros e tranquilos.


                                 Bailarinas aguardam na escada da SPCD para assinar lista de presença da audição


Muitos dos candidatos que vieram tentar ingressar na companhia já se conhecem de outras audições, ou já dançaram juntos em outras oportunidades e, enquanto se aqueciam, aproveitavam para colocar o papo em dia, na tentativa de deixar um pouco de lado a ansiedade e o frio na barriga minutos antes de entrar na sala.


                                          Enquanto preenchem as fichas, bailarinas aproveitam para conversar


A primeira avaliação será das meninas, que farão aula de clássico, seguida dos meninos. A segunda etapa será a apresentação das variações de repertório clássicos da companhia. Os bailarinos serão avaliados pela diretora da SPCD, Inês Bogéa, pelo professores/ensaiadores da companhia, Manoel Francisco e Adriana Vilella, pela coordenadora de Educativo e Memória, Marcela Benvegnu e pela terapeuta corporal da companhia, Cissa Santini. Boa sorte à todos!

                                              Bailarinas se aquecem minutos antes do início da aula de clássico


Por Cláudia Trento, de São Paulo















quinta-feira, 5 de julho de 2012

Enquanto isso na SPCD...


Esta semana os bailarinos voltaram do Recife (PE), onde participaram da 10ª Mostra de Dança, com os espetáculos Bachiana nº1, de Rodrigo Pederneiras; Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Marius Petipa; Ballet 101, de Eric Gauthier e Gnawa, de Nacho Duato. Ao chegarem à Companhia, é normal todos contarem as novidades, como foram recebidos e a opinião do público sobre o espetáculo. Porém, nem todos vão às viagens para participar das apresentações fora da cidade/estado/país, uma pequena parcela dos bailarinos da SPCD ficou aqui em nossa sede e continuou seguindo a rotina como em qualquer outro dia, com apenas algumas mudanças.


Bailarinos que ficaram na SPCD; Michelle Molina, a professora Adriana Villela, Samuel Kavalerski, Aline Campos, Nielson Souza e Pilar Giraldo.

“Quando todos vão viajar, o ambiente fica mais silencioso. E na aula tudo fica mais especifico para você, para o seu corpo. Temos mais tempo de fazer as correções”, diz Aline Campos, que voltou recentemente a integrar o elenco da Companhia. “O espaço também é muito importante. Quando a maioria está fora ficamos com muito mais espaço para os exercícios”, acrescenta Nielson Souza. Enquanto alguns aproveitam a atenção dos professores para irem se aprimorando, outros usam esse momento para ir se habituando novamente ao cotidiano da SPCD, como Samuel Kavalerski, que estava afastado por conta de uma lesão. “É a primeira vez que fico aqui en quanto a Companhia dança em outro lugar, foi muito bom encontrar um ambiente mais tranquilo agora que estou voltando”, diz.

Quando questionados sobre as apresentações em Recife, os bailarinos confessam que se preocupam com seus colegas. “Eu torci muito para todos, mas em especial para o Acaoã (Castro), que estava dançando em meu lugar”, afirma Nielson. “Essa ‘preocupação’ é normal, a São Paulo Companhia de dança é um todo, nós sempre queremos que aconteça um bom espetáculo”, finaliza Aline. Pelo visto, juntos ou separados, a SPCD funciona constantemente, todos em busca de um trabalho cada vez melhor.

Samuel Kavalerski e Nielson Souza aproveitando o espaço para passar as coreografias.



Por Murilo Rocha, de São Paulo