segunda-feira, 25 de julho de 2011

SPCD lota Theatro Municipal de São Paulo

Foi com a casa lotada e ingressos esgotados, que a São Paulo Companhia de Dança subiu ao palco do Theatro Municipal de São Paulo, pela primeira vez, nos dias 20 e 21 de julho. A Companhia, criada pelo Governo do Estado de São Paulo, em 2008 e dirigida por Iracity Cardoso e Inês Bogéa, apresentou quatro coreografias: Serenade, de George Balanchine; Gnawa, de Nacho Duato; Prélude à l´aprés-midi d´un Faune, de Marie Chouinard e Sechs Tänze, de Jíri Kylián.

“Foi primeira vez que nos apresentamos nesse templo da dança paulista. Estar no TMSP une a força do passado, a alegria do presente e aponta para a renovação de um futuro promissor. Para o artista, dançar neste palco é algo simbólico e nos torna mais parte desta cidade, ainda mais que integramos uma semana totalmente dedicada à dança.”, fala Inês Bogéa. Para Iracity Cardoso participar das comemorações dos cem anos do TMSP foi um grande privilégio. “É um voltar para casa, pois comecei a minha carreira lá, como aluna da Escola Municipal de Bailado. É uma maravilha dançarmos nesta casa de espetáculos que tem um público cativo e sempre prestigia as artes”, completa.

OLHARES – “Eu nunca tinha estado no Theatro Municipal de São Paulo. E ter entrado lá para dançar, pela primeira vez, foi uma grande emoção”, fala o bailarino Rafael Gomes. “Confesso que fiquei nervoso, mas a sensação de olhar aquela plateia lotada foi maravilhosa”, completa. Para a bailarina Ana Paula Camargo estar no palco do TMSP foi um momento histórico. “Também foi a minha primeira vez. Existia uma grande expectativa e sentir aquela magia, aquele sentimento das artes no espaço foi incrível”, conta.

por Marcela Benvegnu, de São Paulo

domingo, 17 de julho de 2011

Pelo olhar das imagens

Chegamos de viagem há alguns dias e a correria deixou a gente longe do blog. Já dançamos em Jaú e agora nos preparamos para subir ao palco do Teatro Municipal de São Paulo pela primeira vez, nos dias 20 e 21, (quarta e quinta-feira), às 21h. A apresentação faz parte das comemorações no centenário do Teatro. Ah! Também tivemos o Figuras da Dança da Ana Botafogo, no dia 12, no auditório do Teatro Franco Zampari. Vocês vão conferir tudo por aqui, mas antes temos que voltar para Alemanha e para as prometidas imagens do que também rolou por lá.




Olha aí... um iphone da produção da SPCD que na coxia cronometrava também a música de Serenade, de George Balanchine. Muitos nem imaginam que a técnica, por trás dos bastidores, também fica apreensiva, o resultado do espetáculo ali na caixa cênica depende muito do trabalho dessa turma. Abrir e fechar cortinas, soltar a música na hora certa, fazer a mudança de cenários na hora correta, montar, desmontar, ver se tudo está funcionando, antes e durante o espetáculo, desmontar, afinar luzes...  




A sala de balé que a São Paulo Companhia de Dança fez aulas e também ensaiou em Baden-Baden ficava no terceiro andar do Teatro. Esse foi o primeiro lugar que a gente realmente conheceu... No primeiro dia aula e ensaios, no segundo dia aulas, porque os ensaios já estavam sendo no palco, terceiro dia aquecimento...  Foi nessa sala que também aconteceram as audições para bailarinos brasileiros lá. Essa parte você acompanhou aqui, no blog.






Aqui ao lado é uma das placas do camarim nas meninas que dançam Sechs Tanze, do Jíri Kylián. Aí está escrito Six Dances (Seis Danças). É a mesma coisa, porém a SPCD sempre usa os títulos originais das coreografias. Nos nossos programas, por exemplo, você vai ver Sechs Tanze.





Marcela Benvegnu

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Torcida organizada

Parte do time SPCD que ficou em São Paulo

Esse é o nosso primeiro post, pós temporada em Baden-Baden. Durante esta semana e a outra você ainda confere muito sobre o que rolou por lá em posts especiais. 
Mas e por aqui? O que estava acontecendo? Na sexta-feira, dia 1 de julho, dia da estreia da SPCD em Baden-Baden, recebemos um e-mail de MERDA (essa é a palavra usada pelos artistas para desejarem boa sorte uns aos outros em espetáculos) da equipe da SPCD que ficou em São Paulo. Eles estavam super ansiosos para saberem das novidades.
Vocês estavam com a gente lá!
                A-D-O-R-A-M-O-S! Obrigada! 

por Marcela Benvegnu

domingo, 3 de julho de 2011

Fim de um novo começo...

Parte do time SPCD em Baden-Baden
... Foram três dias corridos. De um tempo de puro de prazer, no qual os aplausos da plateia nos fizeram perceber o quanto foi especial, o quanto os ensaios valeram a pena, como a correria teve sabor de vitória, a ansiedade se transformou em segurança e, sobretudo, como dançamos a vida no palco.  Com  a sensação de missão cumprida termina aqui primeira temporada da SPCD na Europa. Durante a semana, posts com vídeos e fotos especiais de outros momentos vividos (e dançados) aqui.

Agora? Um brinde a SPCD.

(por Marcela Benvegnu | da Alemanha)

Visita ilustre: cônsul geral do Brasil em Frankfurt

Iracity Cardoso, Inês Bogéa, Cézar Amaral e Maria Lídia
Hoje, domingo, na plateia da última apresentação da SPCD aqui em Baden-Baden recebemos um convidado ilustre, o cônsul geral do Brasil em Frankfurt, o embaixador Cézar Augusto de Souza Lima Amaral e sua esposa, Maria Lídia Viana Coelho Amaral. Confira a foto ao lado das diretoras da SPCD.


por Marcela Benvegnu, da Alemanha

Antes de entrar em cena...

Cissa e Fabiana Ikehara: antes de dançar Serenade


... muitos bailarinos tem um ritual: passar na sala da Cissa Santini, a terapeuta corporal da São Paulo Companhia de Dança. Ela conhece as singularidades de cada corpo e pode trabalhar para um melhor desenvolvimento, seja com acupuntura ou massagem holística. "Eu sempre estou perto para que eles se sintam mais seguros se acontecer alguma coisa. Por conta da adrenalina muitos acabam tensionando mais os pés e ombros e é preciso relaxar o corpo", diz.
por Marcela Benvegnu, da Alemanha


Audição | Temporada 2012


Bailarina na audição de hoje


Eles chegaram cedo. Vieram de trem. De avião. Foram sete bailarinos que se inscreveram para a audição da São Paulo Companhia de Dança na Alemanha. Desses, somente cinco compareceram hoje ao teatro para a aula de balé clássico, seguida de frases do repertório da SPCD. A banca era composta pelos ensaiadores da SPCD (Karina Mendes, Daniela Stasi e Bóris Storojkov), pela terapeuta corporal (Cissa Santini) e claro, pelas diretoras da SPCD, Iracity Cardoso e Inês Bogéa. Dos cinco presentes nenhum, neste momento, se encaixa no perfil dos intérpretes da São Paulo Companhia de Dança. No final do ano, audições em São Paulo. Preparem as sapatilhas. 



por Marcela Benvegnu, da Alemanha

sábado, 2 de julho de 2011

Sechs Tanze: 10 minutos de aplauso!

O público que lota o Teatro em Baden-Baden


Norton Fantinel e Michelle Molina



O segundo espetáculo da São Paulo Companhia de Dança aqui em Baden-Baden acabou de terminar. São 21h50. A última coreografia Sechs Tanze, de Jíri Kylián tomou conta do espaço. Foram exatos DEZ minutos de aplausos. Sim DEZ. Marcamos no relógio. As cortinas se abriram e fecharam três vezes. Nas palavras de Michelle Molina, que acabou de sair do palco: "É inacreditável o que a gente sente".





por Marcela Benvegnu, da Alemanha

Mais tranquilidade no segundo dia...

Estreia sempre tem nervosismo. Frio na barriga. Ansiedade. Detalhes. Ajustes. Coisas que queríamos que fosse de uma forma e tem que ser de outra. Corrida contra o tempo. Se isso um dia não existir mais, talvez, a experiência da cena não tenha tanta graça. Depois de subir no palco pela primeira vez e descobrir como ele é grande e pode se tornar pequeno com você ali, os bailarinos relaxam... dançam. 
Yoshi, Nielson, Rafael e Irupé, antes de Os Duplos: tranquilidade no palco

"Esse palco enorme me prova como posso ser livre no palco. Hoje estou tranquila, a energia vai fluir", fala Irupé Sarmiento. "Ontem eu estava elétrico. A reação do público com as obras foi surpreendente e mexeu comigo", fala Yoshi Suzuki. Se Nielson Souza sempre fica nervoso antes de uma apresentação, hoje isso é um pouco diferente. "Estou até achando estranho que não estou tenso", diz. "Estou tranquilo. Essa temporada tem um brilho a mais para mim que já dancei em diversos países. É a primeira vez da São Paulo Companhia de Dança aqui. E o esforço de toda equipe, bailarinos, direção, técnica, valeu a pena. Estou feliz", completa Rafael Gomes. 

Agora 21h15. No palco: Os Duplos. 

por Marcela Benvengu, da Alemanha

Emoção: palavra da vez

Karina e Norton: emoção no palco
O significado de emoção no dicionário Aurélio (Abalo moral ou afetivo; perturbação, geralmente passageira, provocada por algum fato que afeta o nosso espírito (boa ou má notícia, surpresa, perigo): a homenagem causou-lhe grande emoção) se torna pequeno perto do que o corpo dos bailarinos da São Paulo Companhia de Dança experimentaram (e estão vivenciando) na Europa). As palavras ficam pequenas porque é o corpo que sente, vive, experimenta. 

Para Norton Fantinel, que ficou cinco anos dançando em companhias no exterior, a primeira experiência da SPCD na Europa superou tudo o que ele já tinha vivido lá fora. "O que vivemos foi fora do normal. As pessoas pedindo autógrafos ao final do espetáculo. Não estamos acostumados com isso. É uma emoção enorme", disse Norton. "Aqui somos todos brasileiros. Uma companhia toda. E isso é muito diferente e especial para mim. Dançar aqui foi emocionante", fala Karina Moreira que também dançava no exterior até integrar o elenco da SPCD este ano. 

Agora no palco: Os Duplos. São 21h. 

(por Marcela Benvegnu, da Alemanha) 

Pela primeira vez no exterior...

Ammanda, Juliana, Liana e Roberta depois de Serendade, de Balanchine
 ... Ammanda Rosa e Roberta Bussoni, bailarinas da SPCD nunca tinham viajado para o exterior. A estreia delas da Europa também foi a estreia da SPCD nesses palcos. "Eu jamais imaginei dançar na Europa antes", fala Ammanda. E Roberta, que tem pavor de avião, teve que enfrentar 11 horas dentro de um deles para chegar até aqui. "Valeu a pena. Aqui somos internacionais para eles, como eles são para a gente. É diferente".

Juliana Leonel e Liana Vasconcellos já dançaram no exterior e esse ano entraram para o elenco da SPCD. Apesar de acostumadas aos ares europeus, a sensação de estrear aqui com a Companhia, foi diferente. "A energia desse palco é fantástica. Ele é enorme", fala Liana. "O público é muito receptivo e isso faz com que a gente se sinta muito bem. Eles respiram dança com a gente", completa Juliana.

Serenade terminou há 10 minutos. Mas as meninas tiveram tempo para falar para o blog. 

Daqui a pouco: Os Duplos.

por Marcela Benvegnu, da Alemanha

E os alemães dançam!

Iracity Cardoso e Inês Bogéa: aquencendo o público antes do espetáculo

Para termos um comparativo, foi quase uma Palestra com o Professor, projeto da SPCD que traz a dança mais perto do público....

Sim, Iracity Cardoso e Inês Bogéa, diretoras da São Paulo Companhia de Dança tiveram agora pouco (às 18h) um encontro com mais de 100 pessoas para contarem um pouco sobre a história da  SPCD  e o repertório que será apresentado nesta segunda noite de espetáculos. Nesse exato momento (aqui são 19h10) Polígono, está em cena. A ação foi comandado por Andreas Mölich-Zebhauser, o diretor do teatro e o encontro durou 20 minutos. 

Iracity contou que a SPCD foi criada em 2008, pelo Governo do Estado de São Paulo e depois explanou sobre os projetos educativos e de formação de plateia da Companhia. Na sequência, falou-se sobre o repertório e Andreas salientou a particularidade dos corpos da SPCD em fazerem Serenade, de George Balanchine. "Eles tem técnica, suavidade. Se vocês já viram o Mariinsky ou o NYCB irão se surpreender, porque a SPCD faz melhor". 

Então daqui a pouco no palco... Serenade. 

por Marcela Benvegnu, da Alemanha

Noite de Autógrafos...

Assinaturas depois do espetáculo
Foram inúmeras assinaturas. Depois do espetáculo os bailarinos da SPCD autografaram centenas de posteres para os público presente no espetáculo em Baden-Baden, ontem. Comemoração merecida depois da grande estreia. 


A fila dos autógrafos: SPCD estreia em Baden-Baden


por Marcela Benvegnu, da Alemanha

Foi lindo!

Yoshi Suzuki: em Os Duplos 
... Sabemos que vocês ficaram esperando os posts finais da noite de ontem, mas foi impossível postar. A correria aqui estava enorme, e a emoção também.


                                                                 Cena de Sechs Tanze

É preciso dizer que a apresentação de Os Duplos, de Maurício de Oliveira foi emocionante. Os bailarinos vieram a frente mais de seis vezes para agradecer a plateia vibrante. "Eu nunca senti ou vi nada parecido. Foi mágico", disse Yoshi Suzuki. Para encerrar o primeiro espetáculo Sechs Tanze, que foi aplaudida de pé pelos alemães.


por Marcela Benvengu, da Alemanha

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mais de 5 minutos de aplausos...

Cena final de Serenade: abre e fecha das cortinas com bis!
... foi desta forma que terminou a apresentação de Serenade, de George Balanchine, em Baden-Baden. Com bis e mais bis nos agradecimentos e mais de 5 minutos de aplausos.


"Elas voam" disse uma menininha..... Realmente voaram. Como diz Inês Bogéa, diretora da SPCD, em Serenade elas são como o vento.... sempre em movimento.


Agora que venha Os Duplos, de Maurício de Oliveira e Sechs Tanze, de Jíri Kylián. Aqui são 21h40!


por Marcela Benvegnu, da Alemanha

Polígono estreou!

Joca Antunes e Luiza Lopes: Polígono


Aqui na Alemanha já são 21h15! Foi! Polígono, de Alessio Silvestrin acabou de ser apresentado pela SPCD, aqui em Baden-Baden. Aplausos. Aplausos. Um teatro lotado com 2.400 pessoas! Toi Toi Toi!


por Marcela Benvegnu, da Alemanha

Poucas horas para a estreia!

Ensaio no palco. SPCD em Baden-Baden
Nesse momento, que estou aqui no camarim para escrever para vocês, ouço a Oferenda Musical de Bach, a trilha de Polígono, de Alessio Silvestrin, que está no palco. É o último ensaio antes da estreia. E dia de estreia sempre dá uma dor de barriga. Tanto nos bailarinos, quanto na equipe de um modo geral. Dançar fora do país... num teatro de 2.400 lugares (que está lotado) pela primeira vez é realmente uma emoção. O corpo fica diferente. É possível sentir o coração bater. Isso porque todos aqui são artistas, da cena, dos bastidores, da dança da vida. 
Como dizem os Europeus: toi toi toi SPCD! Faltam poucas horas...

por Marcela Benvegnu, da Alemanha