quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

2013: Sorrisos e movimento



Crianças no CEU Tiquatira fazem fila na entrada do teatro
                Sol, bexiga, máscaras coloridas, piscina, esconde-esconde, crianças correndo de um lado para o outro. Risadas, brincadeiras, professoras organizando filas de alunos. O local? CEU Tiquatira, na Zona Leste de São Paulo, que recebeu, hoje, 24 de janeiro, a primeira apresentação do ano da São Paulo Companhia de Dança.
“Tia, quem são eles?” pergunta um pequenino a sua professora, “Lembra daquela apresentação de dança que eu tinha falado pra vocês?”, “Aaah!”, respondem as crianças em uníssono e como se tudo novamente fizesse sentido.
Diego de Paula e Karina Moreira dançam
 Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes
                As mais de 100 crianças presentes neste espetáculo -  Espetáculo Aberto para Estudantes - receberam o folder infantil com explicações das coreografias assim que chegaram ao local. A SPCD apresentou Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O Quebra Nozes, de Marius Petipa e Lev Ivanov, e Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Petipa), Pas de Deux de Gnawa, de Nacho Duato, e Ballet 101, de Eric Gauthier. 
Alunos aguardam o início do espetáculo
Olhos vidrados, cochichos a mil, as crianças ficaram embasbacadas com os movimentos dos bailarinos, a música e o figurino. “Eu tenho um violino! Queria aprender a tocar essa música”, diz Maurício Donato, 13, ao ouvir Tchaikovsky durante a apresentação de O Quebra Nozes.
Norton Fantinel e Thamiris Prata apresentam o
Grand Pas de Deux de Dom Quixote
                De qual apresentação você gostou mais?  “Eu gostei da com a bailarina de vermelho!” responde Yasmin, de sete anos, se referindo a Dom Quixote. “Elas estão me pedindo para vir assistir a companhia desde o Ano Novo! A Julia, minha sobrinha, viu um cartaz da São Paulo Companhia de Dança em frente ao Theatro Municipal e desde então não para de perguntar quando iríamos a um espetáculo”, conta Edson Pereira, que levou a menina acompanhada de outras crianças.


Chegada das crianças ao teatro acompanhadas dos monitores



Yoshi Suzuki durante a coreografia de BAllet 101, de Eric GAuthier


A diretora da SPCD, Inês Bogéa, interage com os alunos do CEU


Bailarinos da SPCD posam para fotos ao lado da equipe de CEU Tiquatira


Por Carolina Correa | de São Paulo 


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Nova etapa, novo movimento

Olívia Pureza, Isabela Maylart, Geivison Moreira, Jaruam Miguez, Leony Boni e Binho Pacheco são os novos bailarinos da São Paulo Companhia de Dança. Eles tem trajetórias distintas, mas com objetivos semelhantes: dançar balés de diferentes estilos, serem bailarinos versáteis. O Blog da SPCD bateu um papo com “os novos” para saber como receberam a notícia e o que esperam desta nova fase. “Fiquei com o celular na mão durante uma semana aguardando a ligação para saber se eu tinha passado ou não. No momento em que eu fiquei mais tranquila e sai sem ele, a Inês (Bogéa), diretora da SPCD, me ligou”, diverte-se Isabela, que está de volta ao Brasil desde 2011, quando formou-se na John Cranko School, em Sttutgart, na Alemanha.
“Eu fiquei mais tranquilo. Se chegamos até o final, isso representa que eles têm interesse no nosso trabalho”, comenta Jaruam, que foi bailarino do Balé Teatro Guaíra e, por último, do Balé da Cidade de São Paulo. “O que mais me atrai é a perspectiva de crescimento. Sou um bailarino contemporâneo e, apesar da minha idade, ainda tenho disposição para encarar o desafio de organizar meu corpo também para o balé clássico”, assume.
Olívia e Boni, que nas audições de julho também haviam ficado entre os finalistas, vieram com expectativas, claro, porém mais tranquilos para evitar qualquer frustração. “Eu já havia passado por isso, mas quando recebi a ligação da Inês foi um alívio”, diz Olívia. Boni estava em uma rua com som alto. “Acredito que a pressão maior não seja nem sua, mas de perguntas vindas de amigos e pessoas ligadas à dança, que torcem por você e fazem isso sem pretensão”, fala Moreira, que abdicou de uma viagem à Barcelona para fazer as audições na SPCD. “Eu ía a Barcelona para estudar, mas no momento, meu objetivo era entrar para a Companhia. Acho que fiz uma boa escolha”, revela. “Esta foi minha terceira audição e estou orgulhoso de ter entrado. A Companhia me interessa pela qualidade do repertório”, conta o Pacheco.
Por Bruno Alves, de São Paulo