terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sorocaba em movimento



Cena de Bachiana nº 1
“São com atividades como esta que a gente pode ver como a dança tem muitos lados. O vídeo é lindo e os depoimentos são reais, fazem a gente saber que um dia é possível estar lá também”, diz Eliane Teixeira, que na quarta-feira, assistiu a Palestra para o Professor, com a diretora artística da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa, no Sesc Sorocaba. Já Natália Santos, que esteve no Espetáculo Aberto para Estudantes, a surpresa foi ver a sapatilha de ponta. “Eu nunca tinha visto uma apresentação de balé e queria ver uma sapatilha ao vivo”, contou. Jorge da Silva, assistiu a SPCD pela primeira no espetáculo noturno. “Como o ingresso estava com um preço acessível, trouxe toda a família toda para prestigiar”, contou. “Vocês fecharam todas as atividades aqui com estas Oficinas para Bailarinos. Eu adorei fazer as aulas”, completa Ana Carolina Barbosa.
 
A diretora da SPCD, Inês Bogéa, no auditório do SESC
durante a Palestra Para o Professor



Cena de Dois a Dois (Grand Pas de Deux de Dom Quixote)

 
Alunos lotam o teatro do SESC Sorocaba no
Espetáculo Aberto Para Estudantes

 















Esses sentimentos são resultado do encontro da cidade de  Sorocaba com a São Paulo Companhia de Dança, que promove a cada cidade que passa diversas atividades. Desde quarta-feira passada, ninguém ficou parado. A primeira ação foi a Palestra para o Professor; seguida de dois Espetáculos Abertos para Estudantes e de duas apresentações noturnas, tanto na quinta, quanto na sexta-feira, ambas com a casa cheia. No sábado foi a vez dos estudantes de dança da cidade experimentarem as técnicas usadas na Companhia, nas Oficinas para Bailarinos, que foram ministradas pelo professor, ensaiador da SPCD, Manoel Francisco. 


Karina Moreira e André Grippi em performance de
 Bachiana nº 1, de Rodrigo Pederneiras




Os bailarinos Karina Moreira e Rodolfo Saraiva, acompanhados de Inês Bogéa,
auxiliam os alunos durante atividade no Espetáculo Aberto Para Estudantes


Em Sorocaba o público pode assistir três obras: Bachiana nº1, de Rodrigo Pederneiras, Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes, de Marius Petipa e Lev Ivanov; e Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Marius Petipa), e Gnawa, de Nacho Duato.  “Foi a primeira vez que a São Paulo Companhia de Dança se apresentou em Sorocaba. Ficamos muito felizes em poder conhecer de perto a dança que tem sido feita na cidade”, fala Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança. 

O professor e ensaiador da SPCD Manoel Francisco
ensina coreografias aos alunos na Oficina Para Bailarinos



Norton Fantinel e Thamiris Prata em cena de  Dois a Dois
(Grand Pas de Deux de Dom Quixote), de Marius Petipa
  
Expectadores no hall aguardam o início do espetáculo


Por Marcela Benvegnu, de Sorocaba

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Arte para todos



Cena de Dois a Dois

Luiza Lopes, Thamiris Prata, Norton Fantinel, Diego de Paula e Yoshi Suzuki, bailarinos da São Paulo Companhia de Dança, interpretaram os papéis referentes às coreografias Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes, assinado por Marius Petipa e Lev Ivanov; e Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Petipa) e Ballet 101, Eric Gauthier, no CEU Sapopemba, em São Paulo, na última terça-feira, 23. A plateia formada pelos alunos do CEU, Vocacional da Dança e Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) também assistiu a exibição do vídeo Vida de Bailarino, que revela a trajetória de alguns bailarinos da Companhia. Após o espetáculo, a diretora artística da SPCD, Inês Bogéa, acompanhada dos bailarinos, fez um bate-papo com plateia.

Luiza Lopes e Diego de Paula em cena de
 Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes)
Não é de hoje que a SPCD desenvolve um trabalho com o intuito de promover um diálogo entre este público e a arte por meio de seus programas educativos e de formação de plateia. Se apresentar para estas comunidades tem sido um prazer e uma intensa experiência para o bailarino Yoshi Suzuki, 22, que revela sentir a energia de uma plateia mais calorosa nestes espetáculos. “Eles estão ali somente para ver um espetáculo de dança. Não vêm com nenhum olhar crítico, isso nos tranquiliza”, conta. “Sempre que nos apresentamos nos CEU´s sinto que a plateia é extremamente carinhosa. Conseguimos tocá-los com mais facilidade”, conclui Suzuki, ovacionado por conta de sua apresentação solo em Ballet 101. Sua performance rendeu muitas perguntas e  elogios da plateia durante o bate-papo. “A responsabilidade é maior quando você é solista. Na apresentação em conjunto, um se apoia no outro, eu fico mais tranquilo”, disse.


Os bailarinos Norton Fantinel e Thamiris Prata
se apresentaram juntos pela primeira vez
 
Roberto Moretto, artista orientador do Projeto Vocacional responsável pelo CEU Sapopemba, acredita que quando as pessoas entram em contato com a dança, música e outras manifestações culturais, elas se expressam de outra maneira. “O Projeto tem 11 anos. A partir dele, criamos um sub projeto chamado Vocacional Apresenta: Fórum de Ação Cultural. A ideia é trazer artistas e companhias para estes centros que apresentem, além dos espetáculos, o processo de criação”, explica Moretto. “Esta apresentação da SPCD é muito apropriada para o projeto porque ela se encaixa perfeitamente em nossa proposta”, elogia.

Plateia formada pelos alunos do CEU,
Vocacional de Dança e Cieja


Yoshi Suzuki em solo de Ballet 101
A resposta de todo o trabalho aparece no final da apresentação, quando a aceitação e satisfação do público com o espetáculo é praticamente unânime. “Eu nunca tinha visto um espetáculo de balé e achei maravilhoso. Não esperava ver uma apresentação tão bonita! Acho que é até muito para Sapopemba”, disse a dona de casa Cláudia Camargo. Moretto logo afirma: “A arte é para todos”.

Inês Bogéa, diretora da SPCD, mediou o bate-papo
acompanhada dos bailarinos da Cia




Alunos folheiam o folder infantil de Dois a Dois
Por Bruno Alves, de São Paulo

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Jomar Mesquita coreografa para a SPCD


Jomar Mesquita é o convidado da vez
do Ateliê de Coreógrafos Brasileiros
 “Foi uma surpresa!”, exclamou, animado, o diretor da Mimulus Cia. de Dança, de Belo Horizonte, Jomar Mesquita, quando recebeu de Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança, o convite para participar do Ateliê de Coreógrafos Brasileiros, projeto da São Paulo, que tem por objetivo estabelecer um diálogo entre criadores renomados do Brasil e os bailarinos da Companhia, e que estreia nos dias 12 e 13 de dezembro, no Teatro GEO, em São Paulo. A primeira edição do projeto reúne outros dois criadores: Alex Neoral e Rui Moreira.

“Quando cheguei assisti algumas obras do repertório da SPCD e comecei o processo de seleção de elenco”, conta Mesquita que irá criar uma peça de aproximadamente 12 minutos. “Todos são ótimos e estou muito satisfeito com a maneira com que eles responderam às minhas orientações em apenas três dias. Ficaram muito além das expectativas”, completa.

Para ele, a criação da coreografia acontece durante os ensaios e improvisações. “É muito raro eu chegar para trabalhar com o grupo com algo definido. Cada um tem uma característica e um perfil diferente do outro. Portanto, é preciso conhecê-los primeiro para absorver o máximo deste profissional no processo de criação da obra”, explica o coreógrafo.

Aliás, a dança de salão foi o ponto de partida para ele criar uma linguagem própria e inovadora, desenvolvendo um extenso trabalho de pesquisa, que parte da dança a dois, a qual se declara apaixonado. “Eu amo a dança de salão. Porém ela me incomodava um pouco porque é repetitiva. A partir disso, iniciei um trabalho de pesquisa no qual eu a desconstruía, tornando-a algo mais refinado”, comenta. 

A ideia de Mesquita é trabalhar os bailarinos para que eles desenvolvam um gestual diferente do da dança clássica. “Como a dança de salão é popular, tento trazer essa linguagem para um conceito mais artístico. O objetivo é garantir a essa arte um gestual mais natural, próximo do cotidiano do público, fugindo um pouco do clássico”, finaliza.


DE PAI PARA FILHO – A dança sempre esteve no sangue da família de Jomar Mesquita. Seus pais, entusiastas da dança de salão, começaram a praticá-la por hobbie e não demoraram muito para transformar o que era lazer num prazeroso ofício, abrindo as portas da Mimulus Escola de Dança, em 1990. Incentivado por eles, Mesquita, aos 17 anos, ingressou neste universo e de lá nunca mais saiu. “Sempre fui tímido, tinha uma vontade imensa de dançar, mas tinha muita vergonha”, comenta. Ele completou sua graduação em engenharia mecânica, mas não chegou a exercer a profissão, pois já havia decidido trabalhar somente com a dança. “Eu faço uma continuidade do trabalho de meus pais. Aliás, eles foram meus primeiros professores de dança. Aos poucos fui me apaixonando e buscando outras técnicas para criar a minha própria linguagem”, orgulha-se.

Mesquita começou a coreografar em 1992. Suas obras já correram países como França, Espanha, Estados Unidos e Canadá. Entre seus prêmios destacam-se o Sesc/Sated como melhor coreógrafo por dois anos consecutivos (2001/2002) e Melhor Coreógrafo pela obra Por um Fio (2010). Seus espetáculos também arrecadaram premiações como Maior Público de Dança (Siparc/Usiminas); Melhor Espetáculo de Dança para E Esse Alguém Sabe Quem, 2002; De Carne e Sonho, 2004 e Por um Fio, 2010. Paralelo à sua atuação na Mimulus, desenvolve trabalhos também para outras companhias teatrais como o Grupo Galpão e para as companhias Jovem da Escola, Teatro Bolshoi, Burlantins, Sociedade Masculina, Companhia de Dança de Minas Gerais e Balé Teatro Castro Alves.

Por Bruno Alves, de São Paulo

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Bailarinos apresentam Processos Coreógraficos na Galeria Olido



Programa do PDHFAT na Galeria Olido
Visando a completude profissional de seus bailarinos, a Associação Pró Dança criou o PDHFAD (Programa de Desenvolvimento das Habilidades Futuras do Artista da Dança), que abre espaço para que os bailarinos possam desenvolver pesquisas em diversas vertentes ligadas a dança. O programa prevê atuações como desenhistas de dança, assistentes de ensaio, ensaiadores, professores, fotógrafos e coreógrafos, foco da ação no último final de semana, na sala Paissandu, na Galeria Olido, intitulada Processos Coreográficos. “O programa começou em 2011 e nasceu para ampliar o espaço dos bailarinos com foco em sua formação profissional”, explica Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança. 

Rafael Gomes em coreografia autoral: Como Eu, Só

“Os três trabalhos tratam da relação humana, de como uma pessoa olha para a outra, de como a palavra pode se tornar um gesto, e um gesto, palavra”, reflete Inês. Para as duas coreografias Kavalerski traçou o desenho das linhas invisíveis que o corpo permeia no espaço durante a dança. “No primeiro dueto a ideia é um encontro e uma separação, algo fulgaz, típico do nosso tempo”, explica Kavalerski. Na segunda peça (Bubble Heart), a investigação sobre o desenho do movimento aparece com maior variedade de impulsos e dinâmicas. A ideia é estabelecer um contraponto à linearidade do movimento.
 
Ammanda Rosa e Nielson Souza, em Uma Lua, de Kavalerski

Ana Paula Camargo, em Bubble Heart, de Kavalerski

Ammanda Rosa e Nielson Souza, em Uma Lua, de Samuel Kavalerski 


Subvertido une três coreografias criadas por Milton Coatti: Subversivo, Xícaras Sujas e Vertigem. A primeira aborda a relação de um casal, revelando um amor conveniente à maneira de cada um. Em Xícaras Sujas, a poesia amorosa é trazida para o contexto feminino na relação entre duas mulheres. Já Vertigem, considerada por Coatti a coreografia mais intensa do seu repertório, traz à cena um trio com foco nas sensações de impotência e a percepção íntima da individualidade. “Como coreógrafo, as colaborações seguem a minha ideia, portanto a responsabilidade é maior”, comenta.

 
Beatriz Hack, Fabiana Ikehara e Ana Paula Camargo, em Vertigem, de Milton Coatti


Como Eu, Só trata da solidão, do deslumbre fashion e da futilidade da noite paulistana da região do Baixo Augusta, local onde o bailarino Rafael Gomes buscou suas inspirações e as trouxe para o palco. “Para criar a coreografia, observamos a forma como as pessoas dançam em uma casa noturna e mesclamos um pouco da música de cada local para compor a trilha sonora”, conclui.

Cena de Como Eu, Só, de Rafael Gomes


 

Aline Campos e Rafael Gomes, em Como Eu, Só, de Gomes
Lucas Valente, em Como Eu, Só, de Gomes
Michelle Molina e Lucas Valente, em Como Eu, Só



Equipe da SPCD na Galeria Olido



Por Bruno Alves, de São Paulo
Fotos: Marcela Benvegnu

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ady Addor é a personagem da vez no Figuras da Dança Comentado

A bailarina e coreógrafa Ady Addor contou sua trajetória no programa Figuras da Dança Comentado | Crédito: Antonio Carlos Cardoso

A arte contada por quem viveu. Este é o mote da série de documentários Figuras da Dança, da São Paulo Companhia de Dança, que apresentou na última quinta-feira, 20, na Galeria Olido, o Figuras da Dança - Palestra Para o Professor. No encontro, a carioca Ady Addor, que possui um extenso currículo atuando em companhias de grande porte como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Ballet do IV Centenário, American Ballet Theater, Ballet Nacional da Venezuela, Ballet Nacional de Cuba, entre outras, assistiu com o público o documentário da série que apresenta sua trajetória e, logo após, abriu espaço para perguntas e curiosidades sobre o seu trabalho mediadas pela coordenadora de Educativo e Memória da SPCD, Marcela Benvegnu.
Na ocasião, Ady contou um pouco de sua história e experiência e destacou a importância da disciplina e de excessivos ensaios necessários aos bailarinos atualmente. “A carreira de bailarino é muito curta. Eu comecei aos 16 anos e terminei com 26, apenas 10 anos. Para você ser um bom bailarino, além da disciplina e dos ensaios, é necessário que o espaço ou escola possua uma ótima infraestrutura para que o bailarino alcance o resultado almejado: salas de aula decentes, um bom professor, direção, etc.”, comenta. “Eu, por exemplo, fazia três aulas por dia além dos ensaios e ainda era chamada de preguiçosa”, diverte-se.
Sobre sua passagem no corpo de baile do Ballet do IV Centenário, Ady revela uma singela tristeza sobre o brusco fim da companhia. “O presidente na época era o Jânio Quadros e ele findou o IV Centenário de um dia para o outro. Eu lembro que nós éramos muito jovens. Eu cheguei para dançar no Municipal (Teatro Municipal de São Paulo) e o porteiro pediu para voltarmos. A gente não se conformou”, revela Ady. “Os cenários foram guardados num porão qualquer sem cuidado nenhum. Algumas bailarinas foram dançar no Beco, outras na TV. Eu acabei indo para Nova York. Tive sorte”.
O dentista José Florindo Coneglian, voluntário na Biblioteca Municipal de São Paulo, compareceu na Sala Paissandu, da Galeria Olido, para pegar a assinatura da maitresse para o acervo da Biblioteca. “Eu sabia algo do IV Centenário, da importância dela para o ballet, seu trabalho no exterior, e que havia abandonado a carreira no auge. Isso me intrigou”, comenta o dentista. “Achei tanto o documentário quanto o bate-papo muito bacana. Esse pessoal tem muita bagagem e é ótimo que os jovens venham reverenciar essas personalidades da dança”, conclui.

Pra saber mais...
A bailarina Ady Addor nasceu no Rio de Janeiro, em 1935. A cidade foi palco de seu primeiro encontro com o balé clássico, quando ela tinha apenas 10 anos. Aos 16, abandonou os estudos para se dedicar inteiramente à carreira de bailarina profissional. Sua performance artística conquistou um crítico de dança, que a levou para São Paulo com o intuito de integrá-la ao corpo de baile do Ballet do IV Centenário, criado para as comemorações dos 400 anos da cidade de São Paulo.  A partir disso, não demorou muito para sua carreira deslanchar. O talento e dedicação ao balé fizeram com que a bailarina fosse reconhecida novamente, passando logo a solista, o que representou um grande trunfo em sua carreira. Com o fim das apresentações do IV Centenário, Ady decidiu alçar novos (e altos) voos transferindo-se para Nova York para compor agora o elenco do American Ballet Theater (ABT). Aos 26 anos, Ady se casou e mudou-se para a Venezuela. Neste período, parou temporariamente a carreira para se dedicar aos filhos. Lá conheceu a cubana Alicia Alonso (1920), que a convidou para fazer parte do Ballet Nacional de Cuba, onde permaneceu dpor dois anos. Logo após, retornou ao Brasil e encerrou sua carreira de bailarina em 1961. Desde então dedica-se a atuação de professora e coreógrafa.

Por Bruno Alves, de São Paulo

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

SPCD estreia Dois a Dois no Teatro Sérgio Cardoso

 O bailarino e coreógrafo russo Marius Petipa (1822-1910) é um dos nomes por trás das icônicas coreografias e obras, que se tornaram referência nas principais companhias de dança do globo. Entre suas mais de 60 obras, destacam-se O Lago dos Cisnes (1895), A Bela Adormecida (1890), Harlequinade (1900), O Quebra-Nozes (1892) e Dom Quixote (1869). As duas últimas, respectivamente, serviram de inspiração para a nova montagem da São Paulo Companhia de Dança, Dois a Dois, apresentada na Plataforma Internacional Estado da Dança, ontem, no Teatro Sérgio Cardoso. A ação foi organizada pela Secretaria de Estado da Cultura e Governo do Estado de São Paulo.

Luiza Lopes e Diego de Paula em Grand Pas de Deux de O Quebra Nozes | Foto: Silvia Machado

Criado por Petipa em parceria com Lev Ivanov (1834-1901), o Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes (1892) foi adaptado para a SPCD pelas mãos experientes de Tatiana Leskova, bailarina de origem russa naturalizada brasileira.  Manoel Francisco, professor e ensaiador da SPCD, assinou a remontagem do Grand Pas de Deux de Dom Quixote. Após a estreia, hoje, às 20h30, o Teatro Sérgio Cardoso cede parte dos lugares aos inscritos no programa  Espetáculo Aberto para Estudantes, destinado a escolas, professores e ONG´s com o objetivo de aproximar o público jovem com o universo da dança.

Norton Fantinel e Paula Penachio em Grand Pas de Deux de Dom Quixote | Foto: Mário Veloso

Além das coreografias de Petipa, a SPCD levou ao palco do Sérgio Cardoso mais duas coreografias de seu repertório: Gnawa, de Nacho Duato; e Supernova, de Marco Goecke. A primeira é ambientada num contexto ritualístico e envolvente marcada pela movimentação dos corpos em cena. A segunda apresenta contrastes: vida e morte, claro e escuro e tem como base para a interpretação e movimentação dos bailarinos em cena as supernovas – estrelas que morrem e continuam brilhando no espaço.

Cena de Gnawa | Foto: João Caldas

Na estreia da SPCD na Plataforma Internacional de Dança, além de Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança, estiveram por lá Marcelo Araújo, Secretário de Estado da Cultura; Linamara Battistella, Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Cássia Navas, curadora da Plataforma Internacional de Dança.

Cena de Supernova | Foto: Wilian Aguiar

Por Bruno Alves, de São Paulo