terça-feira, 13 de novembro de 2012

SPCD no SESC Santos


O público ocupou os 760 lugares do SESC Santos

Foram quatro dias de espetáculos, atividades educativas, oficinas e, claro, muita correria entre os dias 7 e 10 de novembro nos corredores do SESC Santos, local onde a São Paulo Companhia de Dança desembarcou pela quarta vez, agora para apresentar as obras In The Middle, Somewhat Elevated, de William Forsythe; Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes, de Marius Petipa e Lev Ivanov, e Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Petipa); e Sechs Tänze, de Jirí Kilián. Entre as atividades, destaque para a Palestra Para o Professor, ministrada pela diretora artística da Companhia, Inês Bogéa; o Espetáculo Aberto Para Estudantes e as Oficinas Para Bailarinos (Técnica de Balé Clássico e Repertório em Movimento).

A diretora da SPCD, Inês Bogéa, durante
a Palestra Para o Professor

A Palestra Para o Professor, na quarta, 7, reuniu educadores e profissionais da dança no auditório do SESC para assistir ao documentário Vida de Bailarino, no qual os participantes conhecem um pouco sobre o cotidiano dos artistas da Companhia. “Achei muito interessante o trabalho da SPCD. A palestra nos direciona a trabalhar em sala de aula as profissões dentro da linguagem artística, principalmente no Ensino Médio”, conta a professora de artes Gislaine Veiga do Nascimento. “O tema do vídeo Vida de Bailarino é muito comum para nós, que vivemos da dança. Nos identificamos ao assisti-lo, pois os problemas vividos por bailarinos profissionais são os mesmos que os bailarinos das escolas de dança”, complementa a diretora artística da Cia. de Dança da Sinfônica de Cubatão, Vanessa Toledo.

Na Palestra, professores e educadores aprenderam como a dança
pode ser utilizada como elemento educativo

Na sexta, 9, as atividades prosseguiram com o Espetáculo Aberto Para Estudantes, que contou com, aproximadamente, 500 pessoas. Entre elas, crianças, professores e entusiastas, que conferiram a performance dos bailarinos encenando as obras Dois a Dois, de Marius Petipa; e Sechs Tänze, de Jirí Kilián. Logo mais, às 21h, o espetáculo seguiu com os dois balés acrescidos de In The Middle, Somewhat Elevated, de William Forsythe. “O espetáculo é maravilhoso. É incrível como as crianças ficam encantadas com ele. Todas as escolas deveriam participar desta atividade”, sugere Maria José Ramos da Silva, coordenadora da Escola Municipal Numaa, de São Vicente.

Aproximadamente, 500 pessoas participaram
do Espetáculo Aberto Prara Estudantes

Atividade interativa com alunos durante o Espetáculo Para Estudantes 

O professor José Ricardo Tomaselli ensina
alunos na Oficina Para Bailarinos - Técnica em Balé Clássico

A procura de alunos e aspirantes a dançarinos para participar da Oficina Para Bailarinos (Técnica de Balé Clássico e Repertório em Movimento) foi tamanha, que a SPCD resolveu abrir duas oficinas extras no período da tarde para dar conta da demanda. Foram quase 200 inscritos para as quatro aulas, ministradas pelo professor José Ricardo Tomaselli e pela ensaiadora Ana Tereza Gonzaga. “Essa acão educativa é incrível, pois as crianças tiveram a oportunidade de entrar em contato com uma companhia profissional e experimentar sequências coreográficas assinadas por grandes coreógrafos, consequentemente formando plateias, o que é importantíssimo”, comenta Dionée Mello, coordenadora de dança do projeto Jepom e professora do Studio de Dança Aracy de Almeida. “As meninas do projeto Jepom vivem em estado de vulnerabilidade social e jamais imaginaram que pudessem participar disso”, emociona-se. À noite, todos os 760 lugares do SESC foram ocupados para mais uma sessão do espetáculo. Os ingressos se esgotaram.

Na oficina de Repertório em Movimento, alunos
aprendem a coreografia de Gnawa, de Nacho Duato



Ingressos esgotados no último dia apresentação


Por Bruno Alves, de São Paulo

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