quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Prestígio paulistano

“Estudei balé clássico um bom tempo e posso dizer que tenho uma queda por esta dança. Amei a primeira coreografia (Dois a Dois), mas as outras também foram magníficas... Tudo muito lindo”, declara a dona de casa Marina Vieira de Barros ao sair do teatro do Club Athletico Paulistano, palco do espetáculo apresentado pela São Paulo Companhia de Dança aos associados na última quarta, 31. Foi a terceira vez que a Companhia se apresentou no clube.


Banner da SPCD no hall do teatro
 do Club Athletico Paulistano

Marina refere-se à coreografia Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes e Grand Pas de Deux de Dom Quixote), que agradou os sócios do clube não só pela tradição da coreografia, mas também pelo histórico do autor Marius Petipa (1818-1910), conhecido por criar icônicas obras do balé clássico respeitadas em todo o mundo, como A Bela Adormecida e O Lago dos Cisnes, só para citar algumas. 


Diego de Paula e Luiza Lopes dançaram Dois a Dois
 (Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes) | Foto: Silvia Machado











O Quebra-Nozes dançado ontem por Luiza Lopes e Diego de Paula,  foi remontado para a SPCD pelas mãos de Tatiana Leskova, mais conhecida como Dona Tânia, que, em plena forma, trouxe seu talento à Companhia e ensinou a coreografia aos bailarinos solistas. “Com quase 90 anos, Dona Tânia, uma das figuras mais importantes da dança brasileira, veio à SPCD e orientou nossos bailarinos, ensinando-os toda a coreografia dos grands pas de deux vistos esta noite”, contou à plateia Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo, durante o intervalo entre as coreografias de Ballet 101, de Eric Gauthier, dançado por Yoshi Suzuki, e Bachiana nº 1, de Rodrigo Pederneiras. O grand pas de deux de Dom Quixote foi remontado para a SPCD pelo professor da companhia, Manoel Francisco e dançado ontem por Paula Penachio e Norton Fantinel.

O programa de sala da SPCD foi entregue na entrada



Yoshi Suzuki no solo de Ballet 101, de Eric Gauthier


“Acho a dança clássica muito envolvente, mas me interessei muito pela última coreografia (Bachiana nº1) principalmente o pas de deux dos bailarinos: sensual sem ser vulgar, além, claro, de ser muito bonito”, pontuou Giselda Penteado Di Guglielmo, 2ª diretora cultural do Paulistano. Já a psicóloga Marcela Ferraretto, disse que cada obra apresentada possui um formato diferente da outra, tornando o espetáculo completo. “Cada coreografia traz uma peculiaridade, uma riqueza de detalhes que engrandecem o espetáculo. Fora a sincronia dos bailarinos, que são perfeitos”, comenta Marcela. “Tem o clássico e o contemporâneo, o que acaba agradando gregos e troianos”, conclui.  

Associados aguardavam o início do espetáculo


Cena de Bachiana nº1, de Rodrigo Pederneiras;
última obra apresentada da noite




Por Bruno Alves, de São Paulo

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