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O público ocupou os 760 lugares do SESC Santos |
Foram quatro dias de espetáculos, atividades educativas, oficinas e, claro, muita correria entre os dias 7 e 10 de novembro nos corredores do SESC Santos, local onde a São Paulo Companhia de Dança desembarcou pela quarta vez, agora para apresentar as obras In The Middle, Somewhat Elevated, de William Forsythe; Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes, de Marius Petipa e Lev Ivanov, e Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Petipa); e Sechs Tänze, de Jirí Kilián. Entre as atividades, destaque para a Palestra Para o Professor, ministrada pela diretora artística da Companhia, Inês Bogéa; o Espetáculo Aberto Para Estudantes e as Oficinas Para Bailarinos (Técnica de Balé Clássico e Repertório em Movimento).
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A diretora da SPCD, Inês Bogéa, durante
a Palestra Para o Professor |
A Palestra Para o Professor, na quarta, 7, reuniu educadores e profissionais da dança no auditório do SESC para assistir ao documentário Vida de Bailarino, no qual os participantes conhecem um pouco sobre o cotidiano dos artistas da Companhia. “Achei muito interessante o trabalho da SPCD. A palestra nos direciona a trabalhar em sala de aula as profissões dentro da linguagem artística, principalmente no Ensino Médio”, conta a professora de artes Gislaine Veiga do Nascimento. “O tema do vídeo Vida de Bailarino é muito comum para nós, que vivemos da dança. Nos identificamos ao assisti-lo, pois os problemas vividos por bailarinos profissionais são os mesmos que os bailarinos das escolas de dança”, complementa a diretora artística da Cia. de Dança da Sinfônica de Cubatão, Vanessa Toledo.
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Na Palestra, professores e educadores aprenderam como a dança
pode ser utilizada como elemento educativo |
Na sexta, 9, as atividades prosseguiram com o Espetáculo Aberto Para Estudantes, que contou com, aproximadamente, 500 pessoas. Entre elas, crianças, professores e entusiastas, que conferiram a performance dos bailarinos encenando as obras Dois a Dois, de Marius Petipa; e Sechs Tänze, de Jirí Kilián. Logo mais, às 21h, o espetáculo seguiu com os dois balés acrescidos de In The Middle, Somewhat Elevated, de William Forsythe. “O espetáculo é maravilhoso. É incrível como as crianças ficam encantadas com ele. Todas as escolas deveriam participar desta atividade”, sugere Maria José Ramos da Silva, coordenadora da Escola Municipal Numaa, de São Vicente.
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Aproximadamente, 500 pessoas participaram
do Espetáculo Aberto Prara Estudantes |
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Atividade interativa com alunos durante o Espetáculo Para Estudantes |
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O professor José Ricardo Tomaselli ensina
alunos na Oficina Para Bailarinos - Técnica em Balé Clássico |
A procura de alunos e aspirantes a dançarinos para participar da Oficina Para Bailarinos (Técnica de Balé Clássico e Repertório em Movimento) foi tamanha, que a SPCD resolveu abrir duas oficinas extras no período da tarde para dar conta da demanda. Foram quase 200 inscritos para as quatro aulas, ministradas pelo professor José Ricardo Tomaselli e pela ensaiadora Ana Tereza Gonzaga. “Essa acão educativa é incrível, pois as crianças tiveram a oportunidade de entrar em contato com uma companhia profissional e experimentar sequências coreográficas assinadas por grandes coreógrafos, consequentemente formando plateias, o que é importantíssimo”, comenta Dionée Mello, coordenadora de dança do projeto Jepom e professora do Studio de Dança Aracy de Almeida. “As meninas do projeto Jepom vivem em estado de vulnerabilidade social e jamais imaginaram que pudessem participar disso”, emociona-se. À noite, todos os 760 lugares do SESC foram ocupados para mais uma sessão do espetáculo. Os ingressos se esgotaram.
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Na oficina de Repertório em Movimento, alunos
aprendem a coreografia de Gnawa, de Nacho Duato |
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Ingressos esgotados no último dia apresentação |
Por Bruno Alves, de São Paulo