“Eu estava trabalhando no Bolshoi
(Escola do Teatro Bolshoi no Brasil), quando recebi o telefonema da Inês
(Bogéa, diretora da SPCD) com o convite”, conta Bongiovanni, que assistiu a
primeira edição do Ateliê e desejava participar do projeto. “É um formato
específico de trabalho que poucas companhias do Brasil fazem. É muito gostoso
participar”, afirma.
Sobre a temática da obra, ele
adianta que será uma espécie de ode ao belo, algo que reforce a esperança das
pessoas sonharem. “Eu fiz um curso de filosofia quando voltei ao Brasil (ele
era bailarino na Europa) e acredito que a arte está fortemente ligada a ela.
Numa dessas reflexões comecei a pensar sobre o sonho e como ele se tornou algo
além, que está longe, um clichê, como se as pessoas que sonhassem fossem
alienadas e acho isto um equívoco”, argumenta. “Com esta obra quero
proporcionar ao público uma sensação de sonho, como se fosse uma oração, e que
reforce a esperança de cada uma dela” explica o coreógrafo, que já veio para a
SPCD com esta temática.
Em relação ao estilo, “pretendo
mesclá-los neste balé. Quero usar da excelente técnica dos bailarinos e propor,
ao mesmo tempo, um desafio no intuito de diluir a linguagem clássica,
adaptando-a com a contemporânea”, comenta.
MULTIFACETADO
Por Bruno Alves
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