quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Bailarinos apresentam Processos Coreógraficos na Galeria Olido



Programa do PDHFAT na Galeria Olido
Visando a completude profissional de seus bailarinos, a Associação Pró Dança criou o PDHFAD (Programa de Desenvolvimento das Habilidades Futuras do Artista da Dança), que abre espaço para que os bailarinos possam desenvolver pesquisas em diversas vertentes ligadas a dança. O programa prevê atuações como desenhistas de dança, assistentes de ensaio, ensaiadores, professores, fotógrafos e coreógrafos, foco da ação no último final de semana, na sala Paissandu, na Galeria Olido, intitulada Processos Coreográficos. “O programa começou em 2011 e nasceu para ampliar o espaço dos bailarinos com foco em sua formação profissional”, explica Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança. 

Rafael Gomes em coreografia autoral: Como Eu, Só

“Os três trabalhos tratam da relação humana, de como uma pessoa olha para a outra, de como a palavra pode se tornar um gesto, e um gesto, palavra”, reflete Inês. Para as duas coreografias Kavalerski traçou o desenho das linhas invisíveis que o corpo permeia no espaço durante a dança. “No primeiro dueto a ideia é um encontro e uma separação, algo fulgaz, típico do nosso tempo”, explica Kavalerski. Na segunda peça (Bubble Heart), a investigação sobre o desenho do movimento aparece com maior variedade de impulsos e dinâmicas. A ideia é estabelecer um contraponto à linearidade do movimento.
 
Ammanda Rosa e Nielson Souza, em Uma Lua, de Kavalerski

Ana Paula Camargo, em Bubble Heart, de Kavalerski

Ammanda Rosa e Nielson Souza, em Uma Lua, de Samuel Kavalerski 


Subvertido une três coreografias criadas por Milton Coatti: Subversivo, Xícaras Sujas e Vertigem. A primeira aborda a relação de um casal, revelando um amor conveniente à maneira de cada um. Em Xícaras Sujas, a poesia amorosa é trazida para o contexto feminino na relação entre duas mulheres. Já Vertigem, considerada por Coatti a coreografia mais intensa do seu repertório, traz à cena um trio com foco nas sensações de impotência e a percepção íntima da individualidade. “Como coreógrafo, as colaborações seguem a minha ideia, portanto a responsabilidade é maior”, comenta.

 
Beatriz Hack, Fabiana Ikehara e Ana Paula Camargo, em Vertigem, de Milton Coatti


Como Eu, Só trata da solidão, do deslumbre fashion e da futilidade da noite paulistana da região do Baixo Augusta, local onde o bailarino Rafael Gomes buscou suas inspirações e as trouxe para o palco. “Para criar a coreografia, observamos a forma como as pessoas dançam em uma casa noturna e mesclamos um pouco da música de cada local para compor a trilha sonora”, conclui.

Cena de Como Eu, Só, de Rafael Gomes


 

Aline Campos e Rafael Gomes, em Como Eu, Só, de Gomes
Lucas Valente, em Como Eu, Só, de Gomes
Michelle Molina e Lucas Valente, em Como Eu, Só



Equipe da SPCD na Galeria Olido



Por Bruno Alves, de São Paulo
Fotos: Marcela Benvegnu

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