segunda-feira, 6 de novembro de 2017

O compasso do Brasil no 3° Ateliê de Dança



O mestre da dança Sérgio Rocha, convidado especial para o evento, conta um pouco sobre a sua trajetória e o gosto pela arte em geral 


O bailarino Sérgio Rocha, convidado especial para o 3º Ateliê Internacional
Foto: Joseph Arena/ Ateliê SPCD


Denyse Ribeiro
(Supervisão Ana Cláudia Mattos)

Especial de Campos do Jordão


“Quando se vê está todo mundo sorrindo e isso é importante”, diz o coreógrafo e professor de aula contemporânea Sérgio Rocha, sobre o contato dos alunos do 3º Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança com a música popular brasileira. É uma mistura de dança com teatro, com humor e percussão corporal.

Rocha começou a fazer aulas de dança na pré-adolescência. Gostava de ir para festas com os amigos e fazer passinhos. Numa dessas festas, foram observados por uma professora, que lhes ofereceu bolsas para fazer aulas de jazz na escola que estava abrindo no bairro, em Belo Horizonte. O grupo aceitou o convite.  Mas, aos poucos, os amigos foram deixando as aulas e só Sérgio seguiu firme: “Já estava completamente apaixonado pela dança”.

Sérgio Rocha esbanja alegria durante as aulas no Ateliê
Foto: Lívia Ribeiro/ Ateliê SPCD

A paixão o levou para outras escolas, em que também recebeu bolsas: fez jazz, balé, moderno e sapateado. A condição era sempre que não faltasse às aulas: “a minha melhora técnica foi muito rápida”, lembra o bailarino, que hoje reúne ainda outras habilidades: é também coreógrafo, percussionista, cantor, compositor e professor de dança contemporânea, sapateado e percussão corporal em movimento.

A carreira profissional de Sérgio começou aos vinte anos de idade, passando pela Companhia Vacilou Dançou (RJ), República da Dança (SP) e Cisne Negro Cia. de Dança (SP). Em 2001, fundou a Companhia Repentistas do Corpo, onde hoje atua, coreografa e dirige seus trabalhos autorais.

Amor de infância - O amor pela música surgiu na infância, quando teve acesso dentro de casa a diversos gostos musicais. “Só que eu sempre gostei muito das festas brasileiras, do Carnaval, do São João; eu não posso ouvir um tambor que vou atrás”.

A primeira paixão do coreógrafo foi a dança, mas logo foi se envolvendo com outras artes, como a música e o teatro. “Quando eu começo a tocar, eu realmente me interesso pelos ritmos brasileiros, pelos sons, pelas músicas”. Rocha busca unir todas as experiências e aprendizados nos diversos segmentos da arte em suas aulas.

Energia contagiante durante performance no Museu Felícia Leirner
Foto: Beatriz Fidalgo/ Ateliê SPCD

Durante o evento, o coreógrafo deixou o recado: “temos que abrir nossos ouvidos, a música oferece um leque de possibilidades, principalmente os jovens que estão sempre atrás de moda”. E um pouco dessas possibilidades puderam ser vistas na brilhante coreografia Antropofágicos, apresentada no espetáculo final do evento, na noite de sábado (4), no auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão.


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