A paixão pela dança move um
mundo. Um mundo onde convivem não apenas bailarinos, mas diversos outros
profissionais, que depositaram nesta arte a experiência e o trabalho de uma
vida toda.
Partindo deste ponto de vista
e de como o bailarino pode cruzar a linha do palco sem perder o vínculo com a
dança, a SPCD criou o PDHFAD (Programa de Desenvolvimento das Habilidades
Futuras do Artista da Dança). Neste programa a SPCD abre espaço para que os
bailarinos possam desenvolver outras habilidades profissionais ligadas à área
da dança, como ensaiadores, auxiliares de ensaio, professores, fotógrafos,
desenhistas, pesquisadores e coreógrafos.
O PDHFAD foi peça chave para
a bailarina Michelle Molina olhar a dança sob outra perspectiva. Bailarina na
Companhia desde os primórdios, em 2008, Michelle conta que se preocupava com o
momento em que tivesse que parar de dançar e buscava, inconscientemente, alguma
outra paixão ligada à dança. Encontrou. “Essa vontade de fotografar surgiu na
Companhia, quando uma bailarina trouxe a máquina fotográfica em uma das aulas e
eu peguei emprestado para fazer fotos do ensaio”, conta a bailarina.
“Eu já fazia parte do PDH de
coreografia e fiquei sabendo que havia um de fotografia também, e fui fazer”,
revela Michelle, que considera necessário um entendimento sobre a técnica da
dança para fotografar a arte. “Acho necessário ter dançado um dia e conhecer a
técnica para você ser uma boa fotógrafa de dança. Você conhece os passos, a
coreografia e sabe quando um bailarino está torto ou não e se a estética
daquele movimento está de acordo. Quem não entende de dança não percebe, mas
nós sabemos muito bem a diferença”, diverte-se.
Porém, a câmera de Michelle
não direciona seu foco somente no movimento. Além dele, a concentração e as
expressões dos bailarinos no palco são uns de seus focos prediletos. A reação
deles quando se veem na imagem, é o que lhe dá mais prazer. “No palco, os
bailarinos se soltam, estão concentrados, e eu consigo captar não só a pose,
mas também o sentimento, a intenção expressa naquele momento”, explica. “O que
me dá mais prazer é ver como as pessoas ficam surpresas quando se veem no auge
da doação. A dança é muito estética”.
Dentro desta perspectiva, no ano
passado, surgiu a ideia de fazer um calendário com os bailarinos. A inspiração
veio de um fotógrafo que fazia imagens de nu artístico com foco na estética do
corpo perfeito. “A intenção do ensaio não era sensual, mas sim de destacar o
tônus muscular e como ele é natural no corpo do bailarino”, revela.
Sobre sua perspectiva de vida
quando chegar o momento de deixar os palcos, Michelle é otimista e faz planos.
“Minha ideia é unir o útil ao agradável. Pretendo fazer vários cursos de
fotografia e me especializar nisso quando chegar a hora de deixar o palco, mas
nunca a dança. Quero continuar fotografando e acredito que a fotografia seja
uma segunda opção”, pontua. “Eu sempre me preocupei sobre o que eu faria quando
me aposentasse, porque eu nunca gostei de nada além do balé... Eu descobri a
câmera”.
Michelle acaba de retornar de
uma viagem a Europa, onde dançou na Alemanha e Áustria durante a turnê europeia
da SPCD. Além da experiência, trouxe na bagagem um registro com fotos incríveis
da temporada, que você confere em nossa galeria de imagens.
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Roberta Bussoni |
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Acaoã de Castro |
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Diego de Paula em Peekaboo, de Marco Goecke |
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Joca Antunes, Yoshi Suzuki e Ana Paula Camargo em cena de Peekaboo |
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Peekaboo: Nielson Souza e Morgana Cappellari |
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Diego de Paula e Ana Paula Camargo |
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Rafael Gomes |
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Yoshi Suzuki e Rafael Gomes no emblemático trecho dos chapéus ambulantes em Peekaboo |
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Em foco, Diego de Paula em agradecimento após apresentação da obra de Goecke para a SPCD |
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Aline Campos |
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Giovanni di Palma e Inês Bogéa |
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Giovanni di Palma no teatro em Bregenz (Áustria); Giovanni é o responsável pela remontagem de Romeu e Julieta,
que a SPCD estreia em novembro no Teatro Sérgio Cardoso |
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Ed Louzardo |
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Ensaios |
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Beatriz Hack |
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Artemis Bastos |
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Rafael Gomes |
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Diego de Paula |
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Lustres de Fulda |
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Cena de Supernova, de Marco Goecke |
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Roberta Bussoni e o encarregado de palco, Luiz Alex Tasso |
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Joca Antunes e Karina Moreira no pas de deux de Bachiana nº 1 |
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Cena do pas de deux de Bachiana nº 1 |
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Ao fundo, Luiz Alex Tasso e o produtor Márcio Branco |
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Bruno Veloso |
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Cena de Gnawa, de Nacho Duato |
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Bruno Veloso em Gnawa |
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Ammanda Rosa e Ed Louzardo no pas de deux de Gnawa |
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Ammanda Rosa e Ed Louzardo |
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Norton Fantinel em Gnawa |
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Rafael Gomes |
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Schlosstheater Fulda |
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Joca Antunes |
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Ludwigshafen (Alemanha) |
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Thaís de Assis |
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Joca Antunes e Karina Moreira |
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A camareira Vera Lúcia Pereira |
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Thaís de Assis |
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Beatriz Hack em cena de Bachiana nº 1 |
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Yoshi Suzuki e Acaoã de Castro |
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Chegada em Wolfsburg (Alemanha) |
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Diego de Paula |
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Norton Fantinel e Artemis Bastos ensaiam o Grand Pas de Deux de Dom Quixote |
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Equipe de produção |
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Da esquerda para a direita, os iluminadores Sueli Matsuzaki e Guilherme Paterno;
e o coordenador de produção Antonio Magnoler |
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Yoshi Suzuki na sala de ensaio da SPCD |
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O iluminador Guilherme Paterno |
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Ammanda Rosa |
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Leony Boni |
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Artemis Bastos e Geivison Moreira no agradecimento do Grand Pas de Deux de Dom Quixote |
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Norton Fantinel |
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Fabiana Ikehara |
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Rafael Gomes |
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No foco, Morgana Cappellari no agradecimento em Gnawa |
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A bailarina Michelle Molina clicada por Fabiana Ikehara |
Por Bruno Alves, de São Paulo