quinta-feira, 10 de outubro de 2013

SPCD full time

Setembro e outubro com movimentação intensa na SPCD. Neste período, a Companhia se dividiu entre atividades na sede (no momento, o coreógrafo Giovanni di Palma trabalha na remontagem da obra Romeu e Julieta com estreia em novembro), espetáculos de circulação e atividades educativas (a Companhia passou por Araraquara, Bauru, Araçatuba e Mogi das Cruzes em setembro, e Piracicaba agora em outubro) além da turnê pela Argentina e Uruguai, falada bastante aqui... Ufa! As temporadas não param. Aqui no Blog, você confere um pouco do que foi a dança e o contato dela com cada uma dessas plateias.

ARAÇATUBA Em parceria com a Secretaria de Cultura da cidade, a temporada rendeu bons números de público à SPCD. Inês Bogéa, diretora da Companhia, iniciou as atividades na quinta-feira, 26, com a palestra Uma Roupa que Dança no Teatro Municipal Castro Alves, no qual fala da relação do figurino com a cena e do diálogo da moda com a dança desde os primórdios até a atualidade. Distante aproximadamente, 600 km de São Paulo e a cidade é quase divisa com Mato Grosso. 

Na manhã do sábado, 28, o professor José Ricardo Tomaselli ministrou uma Oficina de Dança - Técnica de Balé Clássico para estudantes de dança na sala da Stella Maris Academia de Dança. À noite, o Teatro Unip excedeu sua capacidade, sendo necessárias 82 cadeiras extras para atender a demanda do público, que formou uma longa fila na parte externa do Teatro. A SPCD apresentou na ocasião as obras Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes e Grand Pas de Deux de Dom Quixote), de Marius Petipa; Bachiana nº 1, de Rodrigo Pederneiras; e Gnawa, de Nacho Duato.

Estudantes de Dança assinam a lista de presença para a palestra em Araçatuba


Inês Bogéa, diretora da Companhia, ministrou o Bate-papo com a SPCD

O tema era Uma Roupa que Dança, sobre a relação do figurino com a cena

70 pessoas participaram da atividade

Alunos de dança de Araçatuba fizeram uma aula de balé clássico

José Ricardo Tomaseli ensinou técnicas de balé clássico utilizadas em uma companhia profissional

A oficina aconteceu na sala da Stella Maris Academia de Dança

Cartaz educativo de Araçatuba

A fila se estendeu do lado de fora do Teatro Unip, em Araçatuba

Plateia lotada (!)

Foram necessárias 82 cadeiras extras no espetáculo

BAURU – No sábado, 28, enquanto a SPCD se apresentava em Araçatuba, uma parte da equipe de Comunicação e Educativo da Companhia estava em Bauru, onde foi feito duas atividades educativas e de formação de plateia: uma Oficina de Dança – Técnica de Balé Clássico, ministrada por Guivalde Almeida; e um Figuras da Dança Comentado com a bailarina Penha de Souza, mediado pela coordenadora de Comunicação, Educativo e Memória da SPCD, Marcela Benvegnu. Penha, que é carioca e cresceu em Bauru, se emocionou ao retornar à cidade e enxergar no semblante dos bailarinos presentes a identificação com sua história e a determinação deles em alçar voos mais altos.

MOGI DAS CRUZES – As equipes voltaram de Araçatuba e Bauru e outra partiu para Mogi das Cruzes para um espetáculo já na segunda-feira, 30. Por lá, a SPCD participou da 1ª Mostra de Dança Mistura Fina de Mogi das Cruzes com as obras Dois a Dois, de Marius Petipa; Ballet 101, de Eric Gauthier; e Mamihlapinatapai, de Jomar Mesquita. “Foi um espetáculo incrível. Os bailarinos da SPCD são inspiração para bailarinos que estão começando agora”, comenta a estudante Patrícia Jacon Mortol.

Alunos de dança de Bauru assinam a lista de presença antes da aula


Na barra, durante a Oficina de Técnica de Balé Clássico

Guivalde Almeida ministrou a aula no Teatro Municipal de Bauru

Cerca de 60 estudantes de dança participaram da oficina

Portrait

Na sequência, a bailarina Penha de Souza contou sua experiência na dança

O bate-papo foi mediado pela coordenadora de Comunicação, Educativo e Memória da SPCD, Marcela Benvegnu 

Eterna figura da dança, Penha de Souza


 PIRACICABA – Quarta-feira, 2 de outubro, a SPCD realizou uma temporada completa em Piracicaba (é a quarta vez que a Companhia se apresenta na cidade) a começar pela pré-estreia nacional do episódio da série Figuras da Dança com Hugo Travers, no Sesc Piracicaba. Argentino radicado no Brasil, Hugo viajou para Piracicaba especialmente para a ocasião e arrancou risadas e aplausos do público num bate-papo mediado por Marcela Benvegnu. “Senti muita alegria em ouvir esta pessoa tão rica em aplausos e atitudes”, fala a auxiliar administrativa Fernanda Ciferri. “O documentário é muito interessante. Experiência maravilhosa de vida. A SPCD está de parabéns com o projeto”, elogia a fisioterapeuta Erika Torquetto.

Além do bate-papo, o icônico Teatro do Engenho, palco dos espetáculos da Companhia na cidade, acomodou crianças e adolescentes de escolas públicas e idosos no Espetáculo Aberto para Estudantes, que aconteceu na tarde de sexta, 4. Além das escolas, o Espaço Pipa – Síndrome de Down também levou crianças ao espetáculo, com mediação de Inês Bogéa, e apresentação das obras Dois a Dois, de Marius Petipa; Ballet 101, de Eric Gauthier; e Peekaboo, de Marco Goecke.

Professora e ensaiadora da SPCD, Ilara Lopes ministrou uma aula de balé clássico na manhã do sábado, 5, na sala da Cedan (Companhia Estável de Dança de Piracicaba), localizada no Teatro Municipal Losso Netto. Na sequência, a bailarina e assistente de ensaio Beatriz Hack, ensinou aos alunos trechos de Peekaboo e Mamihlapinatapai na Oficina de Dança – Repertório em Movimento.

À noite, o movimento dos palcos foi antecedido pelo movimento do público que fazia fila do lado de fora do Teatro do Engenho uma hora antes do espetáculo para adquirir ingressos. A entrada era 1kg de alimento não perecível em prol da Semdes (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social) da cidade. Somados os espetáculos de sábado e domingo, a SPCD arrecadou cerca de meia tonelada de alimentos para a Secretaria. No espetáculo noturno, as obras Dois a Dois, Mamihlapinatapai e Peekaboo arrancaram aplausos do público que lotou o teatro nos dois dias de apresentação. “Espetáculo com muita técnica, sensibilidade e cunho educativo, além da democratização do espaço”, comenta a analista de projetos culturais Lígia Cortelazzi.

O espetáculo de domingo, 6, contou com o recurso da audiodescrição. É a terceira vez que a Companhia realiza um espetáculo com este recurso, com apoio do Programa Estadual de Acessibilidade em Cultura – uma parceria entre as Secretarias de Estado da Cultura e dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “Me senti como se estivesse vendo a dança no palco. As audiodescritoras eram tanquilas, falavam com calma, eu entendi tudo o que estava acontecendo”, conta Nilceia de Almeida Meleke, que possui deficiência visual. “É muito difícil participarmos de um evento desses em Piracicaba e a São Paulo Companhia de Dança nos proporcionou isto. Eu aplaudi em pé e fiquei muito emocionada”, conclui.

Marisa Pretti, da empresa As Meninas dos Olhos, responsável pela narração dos espetáculos da SPCD, diz que traduzir um espetáculo de dança é um desafio. “Trabalhamos com vários produtos. Porém, no caso da dança, é necessário descrever não só a parte técnica dos movimentos como também inserir um histórico, senão o cego não entende. Não há nada além da música como referência para eles. Não tem fala, o que aumenta a responsabilidade de nosso trabalho”, explica.

A SPCD realizará mais seis espetáculos com audiodescrição em novembro e dezembro na temporada da Companhia no Teatro Sérgio Cardoso, palco da estreia das obras Romeu e Julieta, remontado pelo italiano Giovanni di Palma, e Vadiação, de Ana Vitória Freire. Os ingressos já podem ser adquiridos pelo site da Ingresso Rápido (ihttp://www.ingressorapido.com.br/eventos.aspx?genero=260). O trabalho segue intenso. Abaixo, imagens da temporada da SPCD em Piracicaba.

Marcela Benvegnu durante a pré-estreia do documentário Figuras da Dança 2013 com Hugo Travers

Hugo interagiu e arrancou aplausos e risadas do público no anfiteatro do Sesc Piracicaba

Fim da atividade

Participante preenche a ficha de avaliação da SPCD
Pausa para fotos

Cerca de 90 pessoas participaram do bate-papo

Astemis Bastos durante o Grand Pas de Deux de Dom Quixote, apresentado no Espetáculo Aberto para Estudantes

Inês Bogéa faz interação com o público no espetáculo ao lado dos bailarinos Yoshi Suzuki e Karina Moreira

Estudantes treinam com Inês as cinco posições básicas do balé

Peekaboo, de Marco Goecke apresentado no Espetáculo para Estudantes

Oficina de balé com Ilara Lopes aconteceu na sala da Cedan (Companhia Estável de Dança de Piracicaba)

Alunas de várias escolas da cidade participaram da aula

Professora e ensaiadora da SPCD, Ilara Lopes


Bailarina e assistente de ensaio, Beatriz Hack ministrou a aula de Repertório em Movimento

Trecho de Mamihlapinatapai 

Beatriz ensina Mamihlapinatapai, de Jomar Mesquita

Fila na porta do Teatro do Engenho uma hora antes do início do espetáculo

Alimentos arrecadados foram doados à Semdes (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social)

Programa de sala e Revista Arraso, do Jornal de Piracicaba, que promoveu as ações da SPCD na cidade

(Da esquerda para direita): Inês Bogéa, Ilara Lopes, Marcela Benvegnu, Rosângela Camolese (secretária de cultura de Piracicaba) e Luca Baldovino

Nilceia de Almeida Meleke ouviu o espetáculo com o recurso da audiodescrição

Ilara Lopes, Luca Baldovino, Inês Bogéa, Marcela Benvegnu, Marcelo Batuíra (diretor do Jornal de Piracicaba), Liège Pedroso e Rosângela Camolese

Cena de Peekaboo

O bailarino Binho Pacheco no solo de Peekaboo

Por Bruno Alves, de São Paulo 

2 comentários:

  1. Uma Grande Companhia e um maravilhoso trabalho, Parabéns a todos que contribuem para isso.

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