Setembro e outubro com
movimentação intensa na SPCD. Neste período, a Companhia se dividiu entre atividades
na sede (no momento, o coreógrafo Giovanni di Palma trabalha na remontagem da
obra Romeu e Julieta com estreia em novembro), espetáculos de circulação
e atividades educativas (a Companhia passou por Araraquara, Bauru, Araçatuba e
Mogi das Cruzes em setembro, e Piracicaba agora em outubro) além da turnê pela
Argentina e Uruguai, falada bastante aqui... Ufa! As temporadas não param. Aqui
no Blog, você confere um pouco do que foi a dança e o contato dela com cada uma
dessas plateias.
ARAÇATUBA – Em parceria com a Secretaria de Cultura da
cidade, a temporada rendeu bons números de público à SPCD. Inês Bogéa, diretora
da Companhia, iniciou as atividades na quinta-feira, 26, com a palestra Uma
Roupa que Dança no Teatro Municipal Castro Alves, no qual fala da relação
do figurino com a cena e do diálogo da moda com a dança desde os primórdios até
a atualidade. Distante aproximadamente, 600
km de São Paulo e a cidade é quase divisa com Mato Grosso.
Na manhã do sábado, 28, o
professor José Ricardo Tomaselli ministrou uma Oficina de Dança - Técnica de
Balé Clássico para estudantes de dança na
sala da Stella Maris Academia de Dança. À noite, o Teatro Unip excedeu sua
capacidade, sendo necessárias 82 cadeiras extras para atender a demanda do
público, que formou uma longa fila na parte externa do Teatro. A SPCD
apresentou na ocasião as obras Dois a Dois (Grand Pas de Deux de O
Quebra-Nozes e Grand Pas de Deux de Dom Quixote), de Marius
Petipa; Bachiana nº 1, de Rodrigo Pederneiras; e Gnawa, de Nacho
Duato.
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Estudantes de Dança assinam a lista de presença para a palestra em Araçatuba |
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Inês Bogéa, diretora da Companhia, ministrou o Bate-papo com a SPCD |
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O tema era Uma Roupa que Dança, sobre a relação do figurino com a cena |
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70 pessoas participaram da atividade |
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Alunos de dança de Araçatuba fizeram uma aula de balé clássico |
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José Ricardo Tomaseli ensinou técnicas de balé clássico utilizadas em uma companhia profissional |
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A oficina aconteceu na sala da Stella Maris Academia de Dança |
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Cartaz educativo de Araçatuba |
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A fila se estendeu do lado de fora do Teatro Unip, em Araçatuba |
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Plateia lotada (!) |
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Foram necessárias 82 cadeiras extras no espetáculo |
BAURU – No sábado, 28,
enquanto a SPCD se apresentava em Araçatuba, uma parte da equipe de Comunicação
e Educativo da Companhia estava em Bauru, onde foi feito duas atividades
educativas e de formação de plateia: uma Oficina de Dança – Técnica de Balé
Clássico, ministrada por Guivalde Almeida; e um Figuras da Dança Comentado com
a bailarina Penha de Souza, mediado pela coordenadora de Comunicação, Educativo
e Memória da SPCD, Marcela Benvegnu. Penha, que é carioca e cresceu em Bauru,
se emocionou ao retornar à cidade e enxergar no semblante dos bailarinos
presentes a identificação com sua história e a determinação deles em alçar voos
mais altos.
MOGI
DAS CRUZES – As equipes voltaram de Araçatuba e Bauru e outra
partiu para Mogi das Cruzes para um espetáculo já na segunda-feira, 30. Por lá,
a SPCD participou da 1ª Mostra de Dança Mistura Fina de Mogi das Cruzes com as
obras Dois a Dois, de Marius Petipa; Ballet 101, de Eric
Gauthier; e Mamihlapinatapai, de Jomar Mesquita. “Foi um espetáculo
incrível. Os bailarinos da SPCD são inspiração para bailarinos que estão
começando agora”, comenta a estudante Patrícia Jacon Mortol.
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Alunos de dança de Bauru assinam a lista de presença antes da aula |
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Na barra, durante a Oficina de Técnica de Balé Clássico |
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Guivalde Almeida ministrou a aula no Teatro Municipal de Bauru |
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Cerca de 60 estudantes de dança participaram da oficina |
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Portrait |
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Na sequência, a bailarina Penha de Souza contou sua experiência na dança |
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O bate-papo foi mediado pela coordenadora de Comunicação, Educativo e Memória da SPCD, Marcela Benvegnu |
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Eterna figura da dança, Penha de Souza |
PIRACICABA – Quarta-feira,
2 de outubro, a SPCD realizou uma temporada completa em Piracicaba (é a quarta
vez que a Companhia se apresenta na cidade) a começar pela pré-estreia nacional
do episódio da série Figuras da Dança com Hugo Travers, no Sesc Piracicaba.
Argentino radicado no Brasil, Hugo viajou para Piracicaba especialmente para a
ocasião e arrancou risadas e aplausos do público num bate-papo mediado por
Marcela Benvegnu. “Senti muita alegria em ouvir esta pessoa tão rica em
aplausos e atitudes”, fala a auxiliar administrativa Fernanda Ciferri. “O
documentário é muito interessante. Experiência maravilhosa de vida. A SPCD está
de parabéns com o projeto”, elogia a fisioterapeuta Erika Torquetto.
Além do bate-papo, o icônico
Teatro do Engenho, palco dos espetáculos da Companhia na cidade, acomodou
crianças e adolescentes de escolas públicas e idosos no Espetáculo Aberto para
Estudantes, que aconteceu na tarde de sexta, 4. Além das escolas, o Espaço Pipa
– Síndrome de Down também levou crianças ao espetáculo, com mediação de Inês
Bogéa, e apresentação das obras Dois a Dois, de Marius Petipa; Ballet
101, de Eric Gauthier; e Peekaboo, de Marco Goecke.
Professora e ensaiadora da SPCD,
Ilara Lopes ministrou uma aula de balé clássico na manhã do sábado, 5, na sala
da Cedan (Companhia Estável de Dança de Piracicaba), localizada no Teatro
Municipal Losso Netto. Na sequência, a bailarina e assistente de ensaio Beatriz
Hack, ensinou aos alunos trechos de Peekaboo e Mamihlapinatapai
na Oficina de Dança – Repertório em Movimento.
À noite, o movimento dos palcos
foi antecedido pelo movimento do público que fazia fila do lado de fora do
Teatro do Engenho uma hora antes do espetáculo para adquirir ingressos. A
entrada era 1kg de alimento não perecível em prol da Semdes (Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social) da cidade. Somados os espetáculos de
sábado e domingo, a SPCD arrecadou cerca de meia tonelada de alimentos para a
Secretaria. No espetáculo noturno, as obras Dois a Dois, Mamihlapinatapai
e Peekaboo arrancaram aplausos do público que lotou o teatro nos dois
dias de apresentação. “Espetáculo com muita técnica, sensibilidade e cunho
educativo, além da democratização do espaço”, comenta a analista de projetos
culturais Lígia Cortelazzi.
O espetáculo de domingo, 6,
contou com o recurso da audiodescrição. É a terceira vez que a Companhia
realiza um espetáculo com este recurso, com apoio do Programa Estadual de
Acessibilidade em Cultura – uma parceria entre as Secretarias de Estado da Cultura
e dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “Me senti como se estivesse vendo a
dança no palco. As audiodescritoras eram tanquilas, falavam com calma, eu
entendi tudo o que estava acontecendo”, conta Nilceia de Almeida Meleke, que
possui deficiência visual. “É muito difícil participarmos de um evento desses
em Piracicaba e a São Paulo Companhia de Dança nos proporcionou isto. Eu
aplaudi em pé e fiquei muito emocionada”, conclui.
Marisa Pretti, da empresa As
Meninas dos Olhos, responsável pela narração dos espetáculos da SPCD, diz que
traduzir um espetáculo de dança é um desafio. “Trabalhamos com vários produtos.
Porém, no caso da dança, é necessário descrever não só a parte técnica dos
movimentos como também inserir um histórico, senão o cego não entende. Não há
nada além da música como referência para eles. Não tem fala, o que aumenta a
responsabilidade de nosso trabalho”, explica.
A
SPCD realizará mais seis espetáculos com audiodescrição em novembro e dezembro
na temporada da Companhia no Teatro Sérgio Cardoso, palco da estreia das obras Romeu
e Julieta, remontado pelo italiano Giovanni di Palma, e Vadiação, de
Ana Vitória Freire. Os ingressos já podem ser adquiridos pelo site da Ingresso
Rápido (ihttp://www.ingressorapido.com.br/eventos.aspx?genero=260).
O trabalho segue intenso. Abaixo, imagens da temporada da SPCD em Piracicaba.
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Marcela Benvegnu durante a pré-estreia do documentário Figuras da Dança 2013 com Hugo Travers |
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Hugo interagiu e arrancou aplausos e risadas do público no anfiteatro do Sesc Piracicaba |
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Fim da atividade |
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Participante preenche a ficha de avaliação da SPCD |
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Pausa para fotos |
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Cerca de 90 pessoas participaram do bate-papo |
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Astemis Bastos durante o Grand Pas de Deux de Dom Quixote, apresentado no Espetáculo Aberto para Estudantes |
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Inês Bogéa faz interação com o público no espetáculo ao lado dos bailarinos Yoshi Suzuki e Karina Moreira |
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Estudantes treinam com Inês as cinco posições básicas do balé |
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Peekaboo, de Marco Goecke apresentado no Espetáculo para Estudantes |
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Oficina de balé com Ilara Lopes aconteceu na sala da Cedan (Companhia Estável de Dança de Piracicaba) |
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Alunas de várias escolas da cidade participaram da aula |
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Professora e ensaiadora da SPCD, Ilara Lopes |
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Bailarina e assistente de ensaio, Beatriz Hack ministrou a aula de Repertório em Movimento |
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Trecho de Mamihlapinatapai |
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Beatriz ensina Mamihlapinatapai, de Jomar Mesquita |
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Fila na porta do Teatro do Engenho uma hora antes do início do espetáculo |
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Alimentos arrecadados foram doados à Semdes (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social) |
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Programa de sala e Revista Arraso, do Jornal de Piracicaba, que promoveu as ações da SPCD na cidade |
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(Da esquerda para direita): Inês Bogéa, Ilara Lopes, Marcela Benvegnu, Rosângela Camolese (secretária de cultura de Piracicaba) e Luca Baldovino |
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Nilceia de Almeida Meleke ouviu o espetáculo com o recurso da audiodescrição |
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Ilara Lopes, Luca Baldovino, Inês Bogéa, Marcela Benvegnu, Marcelo Batuíra (diretor do Jornal de Piracicaba), Liège Pedroso e Rosângela Camolese |
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Cena de Peekaboo |
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O bailarino Binho Pacheco no solo de Peekaboo |
Por Bruno Alves, de São Paulo
Uma Grande Companhia e um maravilhoso trabalho, Parabéns a todos que contribuem para isso.
ResponderExcluirmuito bonio tudo isso
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