segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Robson Lourenço; Um novo olhar sobre a dança

Espelhos fechados. Esse é um dos diferenciais da aula do professor Robson Lourenço. “Na minha aula os bailarinos entram em um contato profundo com sua ‘auto-imagem’, os espelhos transmitem uma visão de fora, um modelo a seguir. Eu não busco isso”, diz ele. Robson, que foi durante as últimas semanas professor convidado da São Paulo Companhia de Dança, começou sua formação em dança com aulas de sapateado, aos 20 anos de idade. Mas tarde percebeu que os rapazes que dançavam balé tinham um melhor desempenho nos saltos, então nesse mesmo periodo fez sua primeira aula de balé clássico. “Me apaixonei”, completa.
Professor há 3 anos, começou a dar aulas por meio de um convite feito por Silvia Geraldi, coordenadora na época, do curso de Dança da Anhembi Morumbi. O método usado pelo bailarino vem do princípio da percepção do próprio corpo. “Começo a aula sempre trabalhando um determinado ponto do corpo, em seguida faço exercícios de barra e no centro, focando o ponto escolhido”, acrescenta. Sua forma de trabalhar tem como base os princípios de direção óssea, princípios da coordenação motora, contato com a imagem do próprio corpo e direção de vetores.
Seus estudos tiveram inicio em meio a uma crise de limitação técnica. “Sentia que tinha alcançado um estagio e não evoluía mais”, assim, aos 29 anos, com base em métodos de grandes nomes da dança, Robson levou seus fundamentos para a sala de ensaio e graças a eles diz nunca ter se machucado durante toda sua carreira como bailarino. Ao ser questionado sobre a experiência de ser professor convidado da companhia, diz “Esses jovens são ótimos! Eles têm uma grande mobilidade e percepção. Captam rápido aquilo que eu digo e têm um forte conhecimento do balé clássico” finaliza.


Por Murilo Rocha | de São Paulo

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