A dança do Brasil perdeu dois de seus grandes
artistas no mês de setembro. No dia 17, Aldo Lotufo (1925-2014), e no dia 18,
Suzana Braga (1949-2014), ambos no Rio de Janeiro.
Lotufo nasceu em Cuiabá e chegou ao Rio de Janeiro
para estudar arquitetura, em 1944, mas foi no balé da Juventude que descobriu
qual seria a sua verdadeira profissão: bailarino. Integrou o corpo de baile do
Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi promovido a primeiro solista em 1954,
e posteriormente primeiro bailarino. Depois de aposentado passou a ser
professor. Você pode conferir um verbete sobre sua história no Dança em Rede, a
enciclopédia de dança online da SPCD, aqui (http://www.spcd.com.br/dancaemrede/verbete_profissionais.php?verbete=761)
e também aguardar o depoimento da bailarina Eliana Caminada, uma de suas
partners, no documentário da série Figuras da Dança de 2014.
Também carioca de coração, a gaúcha Suzana Braga
deixou um importante legado para a dança do país. Bailarina do Theatro
Municipal do Rio Janeiro, passou para o outro lado da cena como diretora do
Balé do Teatro Guaíra, em Curitiba (1999-2003) e como coordenadora artística do
Balé Contemporâneo do Rio de Janeiro. Também ficou conhecida como autora de
diversos livros: Tatiana Leskova - Uma Bailarina Solta no Mundo (Ed.
Globo), Ana Botafogo – Na Magia do Palco (Ed. Nova Fronteira) e Palco
da Sagração – O Maior Festival de Dança do Mundo (Ed. Letradágua) e outros.
Ainda na série Figuras da Dança de 2014, o coreógrafo e diretor Jair Moraes,
revela sua forte parceria de trabalho com Suzana, um dos grandes nomes da
crítica de dança do Brasil nas décadas de 1980/90.
Este
ano, ao lado de Eliana Caminada e Jair Moraes, a série Figuras da Dança revela
as trajetórias de Paulo Pederneiras e Mara Borba. Os documentários vão ao ar no
mês de outubro.
Por Marcela Benvegnu, de São Paulo
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