O
mestre da dança Sérgio Rocha, convidado especial para o evento, conta um pouco
sobre a sua trajetória e o gosto pela arte em geral
O bailarino Sérgio Rocha, convidado especial para o 3º Ateliê Internacional
Foto: Joseph Arena/ Ateliê SPCD
Denyse Ribeiro
(Supervisão Ana Cláudia Mattos)
Especial de Campos do Jordão
“Quando
se vê está todo mundo sorrindo e isso é importante”, diz o coreógrafo e professor
de aula contemporânea Sérgio Rocha, sobre o contato dos alunos do 3º Ateliê
Internacional São Paulo Companhia de Dança com a música popular brasileira. É
uma mistura de dança com teatro, com humor e percussão corporal.
Rocha
começou a fazer aulas de dança na pré-adolescência. Gostava de ir para festas com
os amigos e fazer passinhos. Numa dessas festas, foram observados por uma
professora, que lhes ofereceu bolsas para fazer aulas de jazz na escola que
estava abrindo no bairro, em Belo Horizonte. O grupo aceitou o convite. Mas, aos poucos, os amigos foram deixando as
aulas e só Sérgio seguiu firme: “Já estava completamente apaixonado pela dança”.
Sérgio Rocha esbanja alegria durante as aulas no Ateliê
Foto: Lívia Ribeiro/ Ateliê SPCD
A
paixão o levou para outras escolas, em que também recebeu bolsas: fez jazz,
balé, moderno e sapateado. A condição era sempre que não faltasse às aulas: “a
minha melhora técnica foi muito rápida”, lembra o bailarino, que hoje reúne
ainda outras habilidades: é também coreógrafo, percussionista, cantor,
compositor e professor de dança contemporânea, sapateado e percussão corporal
em movimento.
A
carreira profissional de Sérgio começou aos vinte anos de idade, passando pela Companhia
Vacilou Dançou (RJ), República da Dança (SP) e Cisne Negro Cia. de Dança (SP).
Em 2001, fundou a Companhia Repentistas do Corpo, onde hoje atua, coreografa e
dirige seus trabalhos autorais.
Amor de infância - O amor pela música
surgiu na infância, quando teve acesso dentro de casa a diversos gostos
musicais. “Só que eu sempre gostei muito das festas brasileiras, do Carnaval,
do São João; eu não posso ouvir um tambor que vou atrás”.
A
primeira paixão do coreógrafo foi a dança, mas logo foi se envolvendo com
outras artes, como a música e o teatro. “Quando eu começo a tocar, eu realmente
me interesso pelos ritmos brasileiros, pelos sons, pelas músicas”. Rocha busca
unir todas as experiências e aprendizados nos diversos segmentos da arte em
suas aulas.
Energia contagiante durante performance no Museu Felícia Leirner
Foto: Beatriz Fidalgo/ Ateliê SPCD
Durante
o evento, o coreógrafo deixou o recado: “temos que abrir nossos ouvidos, a
música oferece um leque de possibilidades, principalmente os jovens que estão
sempre atrás de moda”. E um pouco dessas possibilidades puderam ser vistas na
brilhante coreografia Antropofágicos,
apresentada no espetáculo final do evento, na noite de sábado (4), no auditório
Claudio Santoro, em Campos do Jordão.
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